Médicos e enfermeiros com menos de 35 anos estão entre os profissionais que tiveram o calendário de vacinação interrompido nesta segunda (10)
Médicos e enfermeiros com menos de 35 anos estão entre os profissionais que tiveram o calendário de vacinação interrompido nesta segunda (10)Rovena Rosa/Agência Brasil
Por O Dia
Rio - No estado do Rio, 694 pessoas com casos graves de covid-19 aguardam na fila de espera por leitos de UTI, o número é o segundo maior já registrado desde abril de 2020 e poderia ser reduzido caso a rede pública hospitalar contasse com os leitos bloqueados, que neste momento totalizam 105 unidades impedidas de atender pacientes na capital. O número é o somatório das vagas que estão inativas e são administradas pela rede municipal, estadual e federal. Entre os principais motivos, registra-se a falta de enfermeiros ou médicos para oferecer o atendimento.

As enfermarias totalizam 260 unidades bloqueadas que poderiam ser disponibilizadas para tratamento dos casos de covid-19. Em conjunto com os leitos de UTI, o número total é de 365 vagas inativas. Os números variam conforme atualização do Censo Hospitalar.

Para o atendimento de UTI, o número de vagas recrudesceu ao mesmo tempo em que a demanda pelo serviço aumentou. Até o dia 09 de março, o Censo Hospitalar do município do Rio registrou que a capital fluminense tinha 93 leitos para UTI bloqueados, o número subiu para 105 neste momento.

Ao mesmo tempo, a fila de espera por leitos intensivos no estado aumentou durante 16 dias consecutivos, e comparado, o valor é 10,8 vezes maior do que quando se iniciou o crescimento da procura desde o dia 13 de março. São 694 pessoas em todo o território fluminense em busca de uma vaga em UTI para tratamento dos casos graves da doença. Na capital, a fila de espera está em 164 pacientes.

O valor total de leitos de UTI e enfermarias impedidas de funcionar é menor do que o registrado pelo DIA no início do mês, que divulgou no dia 09 de março 406 leitos de covid-19 impedidos, contra 365 atualmente, o que significa um aumento na oferta das vagas para casos menos graves da doença.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, a rede SUS no município do Rio de Janeiro tem 1.959 leitos fechados nos hospitais, 1.392 poderiam ser usados para COVID os demais estão em Maternidades, Institutos de Saúde Mental e ou Hospitais Oncológicos. Entre os 1.392 leitos fechados por falta de recursos humanos, 954 leitos são federais, 219 estaduais e 194 municipais.
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Ainda segundo a SMS, a prefeitura do Rio atende sozinha a 72% de toda a demanda por leitos de covid na região metropolitana. O órgão destaca o aumento de 363 leitos e o reforço de 3080 profissionais de saúde em atuação nos hospitais municiais. Dos 1392 leitos fechados por falta de recursos, segundo a secretaria, 14% estão na rede municipal. 
Por fim, a SMS confirmou a abertura leitos nos seguintes hospitais entre o período de janeiro até março:
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- Hospital Ronaldo Gazolla - 150 vagas 
- Hospital Evandro Freire - 58 vagas
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- Hospital Souza Aguiar - 30 vagas 
- Hospital Clementino Fraga - 30 vagas
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- Hospital Salgado Filho - 10 vagas
- Hospital de Piedade - 10 vagas
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- Hospital Albert Schweitzer - 10 vagas
- CER Leblon - 15 vagas
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- Hospital São Francisco da Providência - 50 vagas

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio, desde a semana passada, 397 leitos foram abertos para tratamento de pacientes com covid-19. Nesta semana, 26 novas unidades serão entregues na rede federal, e de forma gradativa, 150 no Hospital Modular de Nova Iguaçu, que será inaugurado no dia 3 de abril.

A SES enviou uma lista com os leitos abertos nas unidades estaduais:

Rede estadual

- Hospital Regional Médio Paraíba Dra. Zilda Arns Neumann (39 de UTI)

- Hospital Estadual Anchieta (25 de UTI + 10 de enfermaria)

- Hospital Estadual Prefeito João Baptista Cáffaro (10 de UTI)

- Hospital Estadual Carlos Chagas (7 de UTI)

- Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (8 de de UTI)

Rede federal

- Hospital do Andaraí (63 de enfermaria + 6 de UTI)

- Clementino Fraga Filho (23 de enfermaria + 8 de UTI)

- Hospital de Ipanema (13 de enfermaria)

- Hospital dos Servidores (29 de enfermaria + 33 de UTI)

- Hospital da Lagoa (16 enfermaria + 34 de UTI)

O DIA não obteve resposta do Ministério da Saúde até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.