Fotos da ala de Covid-19 do Souza Aguiar
Fotos da ala de Covid-19 do Souza AguiarArquivo Pessoal
Por *Tatiane Gomes
Rio - Depois do curto-circuito que gerou um incêndio em uma ala desativada do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, nesta segunda-feira (5), a família do paciente João Carlos Guimarães, de 58 anos, denuncia que internos com e sem Covid-19 acabaram em alas misturadas. Com isso, aqueles que não tiveram contato com a doença poderão ser postos em quarentena, além do risco de contraírem a doença.
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"É uma situação que deixa qualquer um louco. Às vezes parece que você não está na realidade. É algo revoltante um paciente entrar no hospital com uma coisa e sai com Covid. O que é isso, gente? O meu cunhado está ficando extremamente ansioso e com medo de ter sido contaminado. Ele ligou para minha sobrinha desesperado. Provavelmente vai ficar de quarentena", desabafou a cunhada de João Carlos, que preferiu não se identificar.
Segundo ela, o cunhado sofreu um acidente de moto no último dia 30, na Rua Visconde de Niterói, no Rio, quando saía do trabalho e foi levado para a unidade de saúde para passar por um cirurgia. Ainda de acordo com ela, depois do incêndio no hospital, João Carlos foi colocado em uma ala para pessoas que tiveram contato com Covid, mesmo sem ter realizado teste.
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"Ele fica muito nervoso porque ele já está nos seus 58 anos, e já tem uma série de doenças e problemas de saúde. Ele tem muito medo de pegar", explicou a cunhada.
Em resposta, a direção do Hospital Municipal Souza Aguiar argumentou que os pacientes com sintomas de covid-19 são acompanhados em locais separados de pessoas em atendimento não covid-19, de acordo com as definições dos protocolos de atendimento nas unidades de urgência e emergência.
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"Todos os pacientes que serão internados na unidade passam por avaliação clínica, teste PCR e tomografia de tórax para verificação de sintomas clínicos ou evidência em exames laboratoriais e de imagem que indiquem um quadro de covid-19", completou a nota.
 
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Estagiária sob supervisão de Gustavo Ribeiro*