Vereador Jairinho teria recebido regalias durante sua passagem pela Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio
Vereador Jairinho teria recebido regalias durante sua passagem pela Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do RioReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro decidiu, nesta quinta-feira (8), afastar o vereador Dr. Jairinho (sem partido), que foi preso temporariamente suspeito pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos. Os membros do conselho decidiram apresentar representação contra o vereador por falta de decoro.
Nesta quinta-feira, Dr. Jairinho também foi expulso de seu antigo partido, o Solidariedade. Tanto a expulsão do partido, quanto o afastamento do Conselho de Ética, foram motivados pela prisão do vereador, na manhã de hoje, como suspeito pela morte de Henry Borel. Na noite desta quinta, doutor Jairinho foi levado da Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. Henry é filho de Monique Medeiros com o engenheiro Leniel Borel. Ela também foi presa. Para a Polícia Civil, o menino foi assassinado após sofrer sessões de tortura.
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No lugar de Dr. Jairinho, assumirá o primeiro suplente, vereador Luiz Ramos Filho (PMN). "Não esperava assumir uma cadeira no conselho dessa maneira. Nos reunimos e deliberamos pelo afastamento dele do conselho. Agora, vamos pedir para ter acesso aos autos para fazer uma provável representação contra o vereador", afirmou o vereador.
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Dr. Jairinho agredia o enteado e teria praticado uma sessão de tortura contra a criança
As investigações da Polícia Civil apontam que Dr. Jairinho teria praticado uma sessão de tortura contra Henry Borel, de apenas 4 anos, semanas antes da morte do menino. Ainda de acordo com os agentes, o vereador agredia a criança com o conhecimento da mãe, Monique Medeiros. As informações são da TV Globo.
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Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) prenderam, na manhã desta quinta-feira, o casal por atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões com algumas testemunhas. A polícia identificou que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, tudo isso com o conhecimento da mãe que era conivente.
Jairinho e Monique eram monitorados pela Polícia Civil há dois dias e acabaram sendo presos em uma casa em Bangu, na Zona oeste do Rio.
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Investigações
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Desde o início das investigações a Polícia Civil ouviu 18 testemunhas, entre médicos que atenderam o casal no Hospital Barra D'Or, uma psicóloga, legistas, a faxineira do apartamento do casal, ex-namoradas de Jairinho e a babá de Henry Borel.
Segundo as investigações, a babá teria mentido em seu depoimento. Ela teve o celular apreendido nesta quinta-feira.
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Uma ex-namorada do vereador o denunciou por agressões contra ela e a filha, na época menor.