O vídeo foi recuperado pela Polícia Civil no celular de Monique, e no registro é possível ver o menino andando lentamente e com dificuldade. Henry contou para sua babá que teria levado uma rasteira do padrasto, machucando a perna e a cabeça naquele dia.
Um dia depois do relato, Monique levou o menino para o hospital Real D’Or, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Durante o atendimento, a mãe disse que o menino havia caído da cama às 17h, no mesmo horário em que a funcionária conversou com ela, quando as duas manifestaram preocupação em relação ao comportamento do padrasto.
O boletim médico apontou que Henry havia acordado com dor local de claudicação, o que confirma que ele estava mancando.
No dia 8 de março, pouco menos de um mês depois, o menino chegou morto no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio, com hemorragia e edemas pelo corpo, totalizando 23 lesões, produzidas mediante ação violenta entre as 23h30 e as 3h30 daquela noite.
A babá de Henry Borel, Thayná de Oliveira Ferreira, admitiu ter mentido no primeiro depoimento à Polícia Civil ao dizer que Henry não sofria agressões do padrasto. O novo testemunho foi feito na segunda (12), quando Thayná chegou às 12h20 na 16° DP (Barra da Tijuca) para depor no inquérito que investiga a morte do menino.
Também na segunda (12), Monique Medeiros foi levada do presídio, em Niterói, para o Hospital do Complexo de Bangu, na Zona Oeste. Ela estava sentindo sintomas de infecção urinária, sendo medicada e levada de volta para o Instituto Penal Ismael Sireiro.
Durante a noite, também foi anunciado o novo advogado de Monique. A defesa da mãe de Henry será feita por um dos defensores do ex-deputado Eduardo Cunha, Thiago Minagé. O advogado anterior, André França Barreto, agora defende apenas Jairinho.
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