André França Barreto
André França BarretoLuciano Belford/Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - O advogado André França Barreto, que defendia Dr. Jairinho no caso da morte do enteado Henry Borel, deixou, nesta quarta-feira, a defesa do vereador. Na segunda-feira (12), ele já havia comunicado que não estava mais defendendo a mãe da criança, Monique Medeiros, que decidiu procurar outro advogado.
"Nós orientamos a família da Monique, e a própria Monique, ontem, quando estive com ela em Niterói, que, com a prisão, e a existência desses prints (que nós só temos conhecimento pela mídia), seria importante que ela constituísse um advogado para ela", disse.
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Em um comunicado desta quarta, o escritório França Barreto Advogados disse que desde que assumiu o caso, Jairinho e sua companheira Monique "a todo momento afirmaram a sua inocência, motivo pelo qual inexistia impedimento para a defesa conjunta de ambos".
Ao finalizar, disse que por tal razão, "estes advogados, reafirmando a sua conduta ética, segundo a qual
sempre pautaram a atuação, na forma do artigo 20 do Código de Ética da OAB, e após prévio entendimento com os dois, informam a renúncia ao mandato conferido pelos outorgantes, a fim de evitar eventuais conflitos de interesses".
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Defesa de Monique Medeiros diz que mãe 'precisa ter voz'
Os três advogados que assumiram a defesa de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, chegaram à 16 DP (Barra da Tijuca), por volta de 13h50 desta quarta-feira. Eles afirmaram que tiveram acesso os autos da investigação, e afirmaram que "Monique precisa ser ouvida".
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"A Monique precisa ter voz. Chegou o momento de a Monique falar de maneira isenta. Ela vai ter a oportunidade de prestar novo depoimento. E, neste momento, ninguém pode falar em nome da Monique. A estratégia que a defesa tem é exclusivamente uma: que a Monique diga a verdade", disse o advogado Hugo Novais.
"Gostaria de dizer a todos que esperem, que deixem, que ouçam a Monique falar. Até agora, falaram por ela. Por incrível que pareça, a situação é tão trágica que a prisão da Monique, na verdade, representa a sua libertação contra a opressão e o medo", acrescentou a advogada Thaise Mattar Assad, dando a entender que Monique teria sido coagida em depoimentos anteriores prestados à polícia.
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Monique Medeiros está presa, juntamente com o namorado, o vereador Dr. Jairinho. Os dois são acusados de homicídio duplamente qualificado pela morte de Henry Borel, de 4 anos, no dia 8 de março.
"Assumimos a defesa de Monique Medeiros há apenas três dias. Hoje é a segunda vez que visitamos a delegacia e só agora teremos acesso ao inquérito", disse Minagé, que não antecipou que estratégia irá usar na defesa de Monique.
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Na saída da delegacia, os advogados repetiram por várias vezes a frase: "Deixem a Monique falar".