Os advogados Thiago, Hugo Novas e Thaise Mattar deixando a 16 DP
Os advogados Thiago, Hugo Novas e Thaise Mattar deixando a 16 DPLuciano Belford / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Os três advogados que assumiram a defesa de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, reforçaram em nota divulgada neste sábado (17), que têm observado uma "repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças" por parte do vereador Dr. Jairinho. A defesa insistiu também no pedido para que Monique preste novo depoimento, já que outras testemunhas foram ouvidas novamente, como foi o caso da empregada.
Na última quarta-feira (14), um dos advogados da mãe de Henry, Hugo Novais, disse na porta da 16ª DP (Barra da Tijuca) que sua cliente precisava ter voz. "Chegou o momento de a Monique falar de maneira isenta. Ela vai ter a oportunidade de prestar novo depoimento. E, neste momento, ninguém pode falar em nome da Monique. A estratégia que a defesa tem é exclusivamente uma: que a Monique diga a verdade", disse o advogado.
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Empregada presta novo depoimento à polícia
Em depoimento na última quarta-feira (14), a empregada doméstica que trabalhava no apartamento de Monique Medeiros e Jairo Souza, mãe e padrasto de Henry Borel, 4 anos, morto no dia 8 de março, trouxe mais detalhes da rotina de horror que a criança vivia. A doméstica, de 57 anos, que a reportagem irá identificar pelas iniciais L.M., disse que Monique dava, três vezes ao dia, remédios para ansiedade a Henry, com o intuito de fazer a criança dormir. Além disso, relatou, na sede policial, vômitos frequentes do menino e um ataque de pânico que ele teve ao viajar no carnaval com o casal.
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Henry morreu no apartamento que vivia com a mãe e o padrasto, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. De acordo com a perícia, ele foi morto após ser espancado, dentro do apartamento. O casal, que já está preso, até agora mantém a versão de acidente doméstico para as 23 lesões que causaram a morte da criança.
Confira a nota dos advogados de Monique na íntegra:
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"Dentro do objetivo de atuar com a verdade, a defesa da Sra. Monique Medeiros, insiste na necessidade da sua nova audição pelo Senhor Delegado de Polícia que preside o Inquérito e faz um público apelo, para a referida Autoridade Policial, neste sentido. Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela que tanto tem a esclarecer. Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para “calar Monique” ou não se buscar a verdade por completo.
A defesa observou, do estudo dos novos elementos do Inquérito, que há repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças. Neste lamentável caso, a diferença foi a morte da criança.


Rio de Janeiro, 17 de abril de 2021.

Thiago Minagé
Hugo Novais
Thaise Mattar Assad
Advogados"