Número dos que prestam serviço para aplicativos de entrega de refeições saltou de 250.000 em 2019 para mais de 645.000 em junho de 2020
Número dos que prestam serviço para aplicativos de entrega de refeições saltou de 250.000 em 2019 para mais de 645.000 em junho de 2020Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - A Câmara do Rio instalou, nesta terça-feira (13), duas Comissões Especiais. Uma delas tratará da questão da moradia na cidade do Rio e a outra focará em políticas públicas para a categoria de entregadores por aplicativos. O presidente de ambas as comissões, o vereador Reimont (PT), afirma que estudos de universidades e de núcleos de arquitetura apontam que cerca de 450 mil famílias cariocas não têm onde morar ou vivem em moradias inadequadas. O parlamentar acredita que a ocupação do centro do Rio, por meio do Projeto Reviver, deverá ser um ponto importante para solucionar parte do problema de moradia.
Segundo Reimont, 35% dos cariocas trabalham no centro da cidade, sendo apenas 5% de moradores. "Temos um êxodo de 30% de cariocas que não moram perto dos seus locais de trabalho. A lógica é ter projetos de moradias populares para reduzir o deslocamento diário da casa para o trabalho", explicou.
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Sobre os entregadores de aplicativos, Reimont explicou que ainda não existem números consolidados sobre a quantidade destes profissionais na cidade do Rio. No entanto, dados da consultoria Análise Econômica mostram que, do total de trabalhadores informais no Brasil, o número daqueles que prestam serviço para aplicativos de entrega de refeições saltou de 250.000 em 2019 para mais de 645.000 em junho de 2020.
Um dos objetivos do colegiado será buscar estes dados na cidade do Rio, para que o Legislativo e o Executivo possam pensar em políticas públicas para a categoria.
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Fazem parte da Comissão Especial a vereadora Monica Benicio (PSOL) e Zico Papera (Republicanos), relatora e membro, respectivamente; e da Comissão Especial de Políticas Públicas para Entregadores por Aplicativos os vereadores Tarcísio Motta (PSOL) e Dr. João Ricardo (PSC), relator e membro, respectivamente.