Subprefeitura de Jacarepaguá e SMAC remove barracos pela segunda vez em área ambiental na Praça Seca
Subprefeitura de Jacarepaguá e SMAC remove barracos pela segunda vez em área ambiental na Praça Seca Subprefeitura de Jacarepaguá / Divulgação
Por O Dia
A Prefeitura do Rio, em uma ação conjunta da Subprefeitura de Jacarepaguá e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com apoio da Comlurb, Assistência Social, Guarda Municipal e do 18º Batalhão da Polícia Militar, ontem, realizou a desocupação e limpeza de um terreno na Rua Candido Benício, em frente à Vila Olímpica do Mato Alto, na Praça Seca. Esta é a segunda operação no mesmo local para desocupação da área de proteção ambiental.
Ao todo, foram derrubados quatro barracos, além de cercas e mourões de um curral que existia nos fundos do terreno. A Assistência Social conversou e cadastrou quatro famílias, não nenhuma delas quis ir para abrigos da prefeitura. "Lá tem regras", justificou um homem, pai de três filhos, e que disse ter sido expulso de casa pela mulher, que sofre de esquizofrenia.
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O Centro de Controle de Zoonoses retirou 50 porcos do local e foram recolhidas mais de sete toneladas de madeiras e resíduos urbanos. A Comlurb transportou os resíduos para um aterro licenciado, que é a destinação correta para descarte de resíduos de construção civil.
De acordo com os fiscais ambientais, grupos criminosos organizados estão por trás da exploração das atividades nessas áreas. A tática normalmente usada por eles é usar uma área pública para descarte de lixo, aterrando o terreno, para depois ocupar o local colocar famílias morando em barracos e depois expulsá-los para construir boxes comerciais, já que se trata de uma via de grande circulação de pessoas e veículos. O tamanho da área invadida é de cerca de 10 mil metros quadrados e fica em frente à Vila Olímpica do Mato Alto.
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A área era utilizada como lixão clandestino e está bastante degradada. A Secretaria municipal de Meio Ambiente estima que sejam geradas, diariamente, cerca de 2,7 mil toneladas de resíduos de construção civil na cidade do Rio. Desse total, 1,5 mil toneladas seriam despejadas irregularmente em vazadouros clandestinos ou vias públicas.
Esta foi a segunda ação da Defesa Ambiental no local em um intervalo de menos de um mês. No dia 23 março, órgão municipais recolheram 20 toneladas de resíduos descartados irregularmente e desmontaram várias construções irregulares. Porém, o local voltou a ser alvo de invasões.
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A subprefeita Talita Galhardo recebeu denúncias de que a área estava começando a ser loteada e vendida e acionou, mais uma vez, os órgãos da prefeitura e da segurança para manter a área limpa e desocupada.
"Não podemos permitir construções irregulares e invasões a áreas públicas. Se depender de mim, isso não acontecerá. Vamos agir, sempre que necessário", afirma.
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O descarte irregular de resíduos causa enchentes, perda de infraestrutura de drenagem por entupimento de galerias e assoreamento de canais na região, além da poluição visual e aumento dos custos da administração pública para fazer a retirada. Os resíduos encontrados no local eram compostos por diferentes tipos de materiais usados em reformas, reparos e demolições de obras. Havia também entulho de escavação de terrenos.
A Secretaria municipal de Meio Ambiente estima que sejam geradas, diariamente, cerca de 2,7 mil toneladas de resíduos de construção civil na cidade do Rio. Desse total, 1,5 mil toneladas seriam despejadas irregularmente em vazadouros clandestinos ou vias públicas.
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