Hospital Albert Schweitzer, em Realengo
Hospital Albert Schweitzer, em RealengoEstefan Radovicz / Agencia O Dia
Por Jenifer Alves
Rio - A Secretaria Municipal de Saúde fechou cerca de 20 leitos de UTI para atendimento de pacientes com covid-19, do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio e demitiu todo o quadro de funcionários, incluindo médicos e enfermeiros. Essa mudança acontece por causa do fim do contrato da Organização Social Cruz Vermelha. A OS irá administrar a unidade apenas até o próximo dia 29.
A Presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Monica Armada explica que a preocupação é como esses profissionais que foram demitidos serão substituídos no atendimento aos pacientes.
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"Queremos saber se pessoas que vão ser demitidas serão contratadas pela nova OS. É ruim demais esses profissionais demitidos no meio de uma pandemia porque já temos um déficit grande de funcionários, é um problema as pessoas ficarem sem assistência. Temos uma fila enorme de pacientes para internação de covid-19 e não temos equipe para isso", disse.
Segundo ela, os profissionais demitidos cumprem aviso prévio na unidade até o dia 12. Mônica disse ainda que, o Sindicato entrou em contato com a Organização Social para questionar sobre o pagamento das verbas rescisórias, mas não obteve resposta.
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"Enviamos um oficio perguntando se a OS Cruz Vermelha têm verba de provisionamento garantido para pagar os profissionais que estão sendo demitidos, como não obtivemos resposta, pedimos uma mediação na Justiça do trabalho para que os trabalhadores não sejam prejudicados", explica.
Ela explica que não há detalhes como, quais profissionais serão contratados e como será feito o processo seletivo para substituir os funcionários que foram demitidos na troca de administração da unidade. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), diz que a nova gestão poderá reaproveitar os profissionais que quiserem continuar no Albert Schweitzer. 
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Ainda de acordo com a Secretaria, nesta segunda-feira foi publicado no Diário Oficial chamamento para seleção de instituição para o novo período de gestão, caso a Cruz Vermelha não possa ter o contrato renovado devido a pendências jurídicas.
"O processo segue os trâmites e prazos legais e não haverá interrupção do atendimento à população na unidade. Todos os direitos trabalhistas dos funcionários estão garantidos e há a possibilidade de eles serem aproveitados pela nova gestora", disse a Pasta em nota.
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