Jovem trans é agredida por grupo de homens
Espancamento teria durado cerca de 30 minutos. Vítima foi socorrida por motorista de ambulância
Rio - Uma jovem trans foi agredida por cerca de cinco homens, depois que um cliente se recusou a pagar por um programa feito por ela e uma amiga, também trans. Em uma publicação feita nas redes sociais, Layane Morelly não diz o local e o horário onde o caso aconteceu, mas o vídeo foi publicado por volta das 21h desta segunda-feira (19).
No relato de pouco mais de sete minutos, a jovem conta que estava no posto 10 da Praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, quando a amiga, que não teve a identidade revelada, reconheceu um homem com quem já tinha saído. Ele então teria a chamado e dito que estava interessado em Layane.
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O trio pediu um carro por aplicativo e seguiu para a casa do homem, que disse que pagaria pelo programa quando chegassem. No local, relata Layane, ele disse que iria sacar o dinheiro pela manhã e que não deixaria de pagá-las. As jovens não desconfiaram da atitude do homem, porque a amiga já o conhecia.
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Mas, ainda segundo o relato, ao fim do programa, elas voltaram a cobrar o pagamento e o homem se alterou e seguiu para o banheiro da casa, voltando com uma faca. Ele teria atacado a amiga de Layane e ela seguiu para a cozinha procurando por um objeto para defendê-las. Ao ameaçar o homem com uma faca de serra, ele deixou a casa.
As jovens também deixaram o local, mas quando saíam, foram cercadas por aproximadamente cinco homens, que iniciaram as agressões contra a dupla. Layane conta que o espancamento durou cerca de 30 minutos e só foi interrompido pela chegada de uma ambulância, que teria sido chamada pelos homens.
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Layane relata que ao ver o veículo, correu até o motorista da ambulância e pediu ajuda para sua amiga, que continuava sendo agredida. “Eu agarrei o motorista e pedi “por favor, eles vão matar a gente, me salva, minha amiga está lá dentro, pega a minha amiga”, conta ela. As duas foram socorridas e encaminhadas para uma unidade de saúde.
Layane conta que chegou a desmaiar dentro do automóvel. Ela quebrou um braço e, de acordo com o relato, quase deslocou a mandíbula. A jovem ainda precisou levar pontos na sobrancelha e ficou com hematomas nas pernas, costas, rosto e braços, além de machucados na cabeça. Confira o relato.
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Em nota, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos informou que a Subsecretaria de Promoção, Garantia e Defesa dos Direitos Humanos, por meio do Programa Rio Sem LGBTfobia está em contato com a advogada da jovem.
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“A subsecretaria disponibilizou os serviços psicológicos do Centro de Cidadania LGBT- CAPITAL ll, em Santa Cruz. A Secretaria lamenta e repudia qualquer tipo de violência ou discriminação contra a comunidade LGBTI+ do Estado do Rio de Janeiro”, completa a nota.
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