MPRJ deflagra nova operação no Rio
MPRJ deflagra nova operação no RioDIVULGAÇÃO/MPRJ
Por O Dia
Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) realizou nesta quarta-feira nova operação para dar continuidade à deflagrada no último dia 10, no Morro da Providência, no Centro do Rio, que resultou na prisão do líder da facção criminosa Comando Vermelho, Roger Moizinho, o Macarrão. Quatro homens foram presos nesta quarta-feira e um continua foragido, segundo o MPRJ.
A quadrilha é acusada de ser responsável por mais de 30 homicídios nos últimos 26 meses, cometidos no estado vizinho. O objetivo hoje era cumprir mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra cinco foragidos da organização criminosa.
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Foram presos Adriel da Silva ('Pezão'), Bruno Ferreira de Souza Matos, Ismael Ramos Campos e Tiago Soares Ananais Fernandes. Eles estavam hospedados em um hotel no Centro do Rio, próximo ao Morro da Providência. Os acusados estavam foragidos desde o dia último dia 10, quando foi deflagrada, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, as operações “Start Over” e “Hands On”, que prendeu 30 integrantes de uma organização criminosa responsável por dezenas de homicídios em Minas Gerais.
A operação de hoje foi realizada por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e o Comando de Operações Especiais (COE-PMERJ), por meio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE/PMERJ), a pedido do Gaeco da Zona da Mata Mineira, com sede em Juiz de Fora.
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Megaoperação prendeu 30 suspeitos no início de abril
Policiais do RJ e MG prenderam trinta pessoas na megaoperação que levou para a cadeia Roger Pereira Moizinho, vulgo "Macarrão". Ele é apontado como um dos chefes do Comando Vermelho e foi preso no morro da Previdência, no Centro do Rio, no sábado, dia 10 de abril. As operações conjuntas, "Hands On" e "Start Over", aconteceram no RJ e na Zona da Mata, em Minas, com o objetivo de desarticular as organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas nos dois estados.
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As organizações criminosas, além do tráfico de drogas, também são acusadas pela força-tarefa de terem envolvimento com homicídios, posse e porte ilegal de armas, lavagem de dinheiro e outros crimes. De acordo com o MPGM, os chefes das organizações estavam no Rio, enquanto o restante dos integrantes estavam nos municípios mineiros.

Preso na manhã do dia 10 de abril, “Macarrão” é apontado como líder da organização e seria responsável por mais de 30 homicídios nos últimos 26 meses em Minas Gerais.

As ações, denominadas “Hands On” e “Start Over”, contaram com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Promotoria de Justiça da Comarca de São João Nepomuceno, em Minas, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), promotores de Justiça, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Batalhão de Polícia de Choque.

Hands on

Durante as investigações da Operação “Start Over” foram identificados vínculos das organizações criminosas com o Estado do Rio, na comunidade de Nova Holanda-Complexo da Maré e no Morro da Providência.

Conforme o MPMG, o “Macarrão”, que se escondia no Rio, determinava e controlava o transporte de armas e drogas para as cidades mineiras e emitia diversas ordens para a prática de homicídios na região.

Start Over

A Operação "Star Over" foi deflagrada após as autoridades policiais registrarem 22 homicídios consumados e 29 tentados em São João Nepomuceno entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2021.

Participaram da operação mais de 550 policiais mineiros, dentre eles tropas especializadas e de recobrimento das Polícias Militar e Civil, além de promotores de Justiça, agentes do Gaeco e servidores do MP.

A 1ª Vara Criminal de São João Nepomuceno expediu 48 mandados de prisão e 108 mandados de busca e apreensão na região, por conta do número de identificação de ameaças.

Para dar cumprimento aos mandados de prisão, o Gaeco Zona da Mata de Minas solicitou o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do Gaeco-RJ e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), que, juntamente com a Polícia Militar, deflagrou a operação para dar cumprimento às ordens judiciais.