Eduardo Paes
Eduardo PaesReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), disse na manhã desta quinta-feira que Governo do Estado assinou um acordo 'generoso' para a capital fluminense na venda de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vota nesta quinta-feira, a partir de 12h, um decreto que pode suspender o leilão da Cedae, que está previsto para acontecer nesta sexta. 
"Temos um entendimento com o Governo do Estado (sobre os benefícios da cidade) e um contrato assinado. É um acordo restrito e ainda não divulgado, que será disponibilizado após o pregão", declarou o prefeito.

Eduardo Paes ainda falou sobre o papel do governador em exercício, Cláudio Castro, diante do acordo. "Ele foi generoso com a cidade do Rio e entendeu o papel, e também a importância que o município tem nessa concessão da Cedae. O leilão acontece amanhã e vamos nos manifestar, sim".
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Concessão em miúdos
- A concessão dos serviços da Cedae prevê que a distribuição de água e a coleta e tratamento de esgoto nos municípios do estado, que atualmente são responsabilidade da empresa, passem para a iniciativa privada pelo período de 35 anos;
- Segundo o edital, as empresas interessadas terão até 120 dias para apresentar suas propostas. O critério de licitação será o de maior outorga, ou seja, o valor repassado ao governo em troca da exploração do serviço;
- O projeto prevê que a Cedae será dividida em quatro blocos, sendo que cada um deles corresponderá a prestação de serviço em uma área do estado;
- A expectativa é que sejam investidos R$ 30 bilhões em água e esgotamento sanitário e que sejam gerados até 46 mil postos de trabalho diretos e indiretos por todo o estado em obras e serviços relacionados à concessão;
- A coleta e o tratamento de esgoto deverão chegar a 13 milhões de pessoas;
- Os concessionários terão obrigação de investir pelo menos R$ 1,86 bilhão em regiões mais carentes do Rio de Janeiro;
- Além disso, deverão aplicar, nos 5 primeiros anos, R$ 2,6 bilhões no combate à poluição na Baía de Guanabara; R$ 2,9 bilhões no Rio Guandu; e R$ 250 milhões no Complexo Lagunar da Barra da Tijuca.