"Mantenho a prisão preventiva do acusado Rogério Costa de Andrade e Silva. Em relação aos pedidos de quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados de usuários de redes sociais (Instagram e Facebook), tem-se que não houve a indicação do lapso temporal abrangido pela medida pleiteada. Assim, retornem os autos ao MP para melhor explicitar e delimitar as medidas pretendidas", escreveu a juíza na decisão.
Além de Rogério, a magistrada manteve a prisão do policial reformado Márcio Araújo de Souza, apontado como braço direito de Andrade.
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Relembre o caso
Iggnácio foi morto a tiros de fuzil, no dia 10 de novembro do ano passado, vítima de uma emboscada num heliporto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital, ambos, Rogério e Iggnácio disputavam territórios da contravenção. O crime teria sido motivado por uma briga por herança.
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De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), o crime aconteceu por volta das 9h, quatro homens que já foram denunciados chegaram de automóvel ao local do assassinato, tendo três deles invadido o terreno baldio que faz divisa com o heliporto, usando pelo menos dois fuzis.
Após aguardarem por cerca de quatro horas, Fernando Iggnácio desembarcou em seu helicóptero, retornando de Angra dos Reis. Os denunciados, então, teriam posicionado suas armas em cima do muro, a uma distância de, aproximadamente, quatro metros do local onde estava estacionado o automóvel dele, apontam as investigações. A vítima foi atingida com três disparos, um deles na região da cabeça.
Fernando Iggnácio morreu em meio a disputa por herança
Fernando Ignácio travou uma luta durante décadas pela herança de Castor de Andrade, lendário bicheiro morto em 1997. Desde a morte de Castor, o filho Paulo Roberto, o sobrinho Rogério de Andrade e o genro travaram uma sangrenta batalha pelo espólio da contravenção, principalmente o das máquinas de caça-níquel.