Defensoria do Rio e OAB iniciam atendimento a familiares de 27 mortos no Jacarezinho
Suspeitos presos na ação disseram que foram obrigados a levar corpos para blindados e que sofreram agressões
Por O Dia
Rio - A Defensoria Pública do Estado do Rio inicia nesta segunda-feira o atendimento aos familiares de 27 homens mortos no Jacarezinho durante operação policial na última quinta-feira (6). Um policial civil também morreu na ação. Os encontros serão fechados. A Comissão de Direitos Humanos da OAB também participará do encontro.
Um registro de ocorrência sobre a operação da Polícia Civil no Jacarezinho mostra que 24 dos 27 corpos de suspeitos foram removidos da comunidade sem perícia. No fim do sábado (8), quatro dos seis homens presos no local falaram em depoimento que foram obrigados a levar corpos de suspeitos mortos para dentro de blindados da Polícia Civil.
Os suspeitos disseram também que foram submetidos a agressões.
As mortes teriam acontecido em pelo menos 10 diferentes regiões da comunidade. Os dados foram extraídos dos 12 registros de ocorrências feitos pela polícia. Em apenas um local, foram contabilizados sete óbitos de suspeitos.
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De acordo com a Civil, todos os mortos tinham ligações direta com o tráfico de drogas. Entre eles, três alvos da operação e um homem apontado como chefe do trafico na comunidade do Mandela, o traficante Luiz Augusto Oliveira de Farias, conhecido como o Índio do Mandela.
Onde ocorreram as mortes:
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Rua Areal (perto do Pontilhão): 7 mortos Travessa Santa Laura: 6 mortos Travessa João Alberto: 2 mortos Travessa próxima à Rua do Areal: 2 mortos Rua São Manuel: 2 mortos Rua Darci Vargas: 1 morto Beco da Síria: 2 mortos Valão: 2 mortos Beco da Areal: 1 morto Beco da Zélia: 1 morto Campo do Abóbora: 1 morto