Vereador Jairinho de Souza: acusado de ser torturador de criança
Vereador Jairinho de Souza: acusado de ser torturador de criançaReproduções
Por Bruna Fantti
Rio -- Um laudo produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) ajudou a polícia a indiciar Jairo de Souza, o Jairinho, por tortura majorada a mais um menino, filho de uma ex-namorada, chamada Débora Saraiva. Esse é o terceiro caso em que o vereador é apontado por torturar uma criança, conforme O DIA noticiou nesta terça-feira (1º).  O documento, ao qual a reportagem teve acesso, foi produzido a pedido da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) e constatou: a ação que fraturou o fêmur da criança foi provocada por meio contundente.
Para o titular da especializada, "não é plausível o relato de que ele (filho de Débora) teria se machucado ao descer sozinho do veículo", diz trecho do relatório do caso, escrito pelo delegado Adriano França. A pisada em falso ao descer de um carro foi a explicação dada por Dr. Jairinho para a criança, em 15 minutos que estava sozinha ao seu lado, ter fraturado o fêmur, o osso mais resistente do corpo humano.
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No chamado Exame de Corpo de Delito Indireto, que é feito baseado em exames clínicos e não diretamente na vítima, devido ao tempo transcorrido de seis anos, foram elencadas nove perguntas. Entre elas:  "A lesão é compatível ao tempo do evento alegado?" e se "resultou incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias?". Para essas duas indagações a diretora do IML, Mônica Vasconcellos, respondeu: "sim". 
Questionada sobre "Qual foi o instrumento ou meio que produziu a lesão?", a perita-legista disse "ação contundente". Essa foi a mesma explicação para o ferimento fatal no corpo de Henry Borel, 4 anos, morto em março, dentro do apartamento do vereador. Uma pancada rompeu o fígado da criança, e o levou à morte. Jairo e Monique Medeiros, mãe de Henry, estão presos pelo crime. Já o filho de Débora sobreviveu às diversas sessões de tortura que teria sofrido.
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A perita disse, no laudo, que não poderia responder ao questionamento do meio em que foi feita a ação contundente, já que desconhecia a "dinâmica do evento". 
Além de Henry, cuja morte foi investigada pela 16ªDP (Barra da Tijuca), a Justiça já aceitou a denúncia de tortura ocorrida contra uma menina, entre os anos de 2011 e 2012, também filha de outra ex-namorado do vereador, fruto de outra investigação da Dcav. Na época do início das agressões, a vítima tinha quatro anos.