Investigação aponta que ao menos R$53 milhões teriam sido desviados dos cofres municipais Tomaz Silva/Agência Brasil

Por O Dia
Rio - O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) negou o pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) para que a investigação de um esquema de liberação de pagamentos a credores do executivo e direcionamento de licitações em troca de propina, em que o ex-prefeito do Rio, Marcelo Crivella, é acusado de comandar, fosse para a Justiça comum.
O caso ficou conhecido como “QG da Propina”. O MPE ainda pediu o arquivamento de parte da investigação, com relação às suspeitas de pagamento de caixa dois, que também foi negado pela Justiça Eleitoral. A decisão desta terça-feira (8) é do juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 16ª Zona Eleitoral. O magistrado alegou que o pedido de arquivamento foi feito sem ter havido o aprofundamento das investigações do caso. Agora, o processo será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), para possível revisão.
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Com o fim do mandato de prefeito do Rio, Crivella perdeu o foro privilegiado. A investigação aponta que ao menos R$53 milhões teriam sido desviados dos cofres municipais através de empresas de fachada em nome de laranjas. O ex-prefeito negou as acusações e se diz vítima de perseguição política. Em dezembro do ano passado, ele chegou a ser preso por suspeita de corrupção. Em fevereiro deste, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, revogou a prisão domiciliar, concedendo a liberdade a Crivella.