Luciano Gonçalves e Jaqueline de Oliveira, pais de Kathlen, contestaram porta-voz da PM Luciano Belford/Agência O Dia

Por O Dia
Rio - Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Álvaro Quintão, tudo indica que a morte de Kathlen Romeu é "mais um homicídio praticado pelas forças de segurança do Estado contra uma pessoa inocente". Quintão reforça que a comissão está à disposição para auxiliar a família na busca pelo esclarecimento e punição dos responsáveis.
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A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da OAB-RJ acompanha o caso da morte de Kathlen Romeu, designer de interiores de 24 anos baleada na noite de terça-feira (8), em uma operação da Polícia Militar na comunidade do Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. Ex-moradora da região, Kathlen estava grávida de quatro meses e visitava a avó quando foi atingida.
Na manhã de quarta-feira (9), o procurador da Comissão de Direitos Humanos, Rodrigo Mondego, esteve no Instituto Médico Legal (IML) prestando auxílio aos familiares da jovem e ouvindo os relatos de sua mãe, pai e avó. Esta última, Sayonara de Oliveira, estava presente no momento da morte de Kathlen e é uma importante testemunha para as investigações.

"Segundo os relatos da avó, o tiro partiu dos policiais militares que estavam de tocaia dentro da comunidade. Quando ela passou caminhando junto com a neta, atiraram", relata Mondego, afirmando que a comissão ainda irá conversar com mais testemunhas e acompanhar de perto a investigação da Polícia Civil.

Cinco dos 12 policiais militares que participaram da operação já foram ouvidos no inquérito aberto na Delegacia de Homicídios da Capital, e 21 armamentos foram apreendidos até agora.

O procurador da CDH permaneceu com a família até a liberação do corpo de Kathlen. O sepultamento de Kathlen Romeu foi realizado às 16h, no Cemitério do Catumbi, região Central do Rio.