Estado do Rio sofre aumento na média móvel de mortes por covid-19Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Por Karen Rodrigues*
Rio - O Estado do Rio registrou, pelo segundo dia seguido, um aumento na média móvel de mortes por covid-19. Segundo o Painel Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES), no último domingo (13), foram registrados 592 casos confirmados e 71 óbitos, com a média móvel de mortes chegando a 209, uma alta de 40% em relação à quinze dias atrás.
De acordo com dados da SES, a taxa de ocupação na UTI é de 73,1% e na enfermaria é de 45,9%. Ao todo, são 21 pessoas na fila de espera por leitos, sendo 16 aguardando por leito na UTI e 5 na enfermaria.
Publicidade
O governador do Rio, Cláudio Castro, declarou, no início de junho, que o estado está se preparando para uma quarta onda da doença. No entanto, segundo a Presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro, Tânia Vergara, a covid-19 nunca parou de circular no país, isto é, a primeira onda não teve fim e segue até hoje.
"Na verdade, nunca deixamos de ter covid-19. O que acontece aqui é que algumas medidas impactam positivamente, como medidas mais rígidas de distanciamento social ou aumento do número de vacinados nas faixas mais vulneráveis, e o número de óbitos cai", disse a infectologista.
Publicidade
Para Tânia, o aumento na média móvel de mortes se dá pelo desrespeito ao básico recomendado, como o uso de máscaras de proteção, distanciamento social e a não aglomeração. "Nossa vacinação caminha no ritmo possível dentro da disponibilidade de vacinas enviadas através do Ministério da Saúde. Recentemente tivemos três passeatas enormes no país, incluindo o Rio de Janeiro. Te garanto que o SARS-COV-2 não tem lado político e compareceu a todas. Além disso, é só dar uma volta em um quarteirão e ver quantas pessoas estão de máscaras ou as têm colocadas no lugar apropriado, cobrindo boca e nariz", explica.
Apesar do início da vacinação por faixa etária sem comorbidade no estado do Rio, de acordo com a infectologista, não é momento de aglomerar e nem abandonar ou fazer uso incorreto do Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Publicidade
"Uma grande tendência da moda é usar a máscara como um suporte para queixo, objeto que dá destaque ao nariz descoberto ou adereço de orelha, onde vem pendurada muitas vezes. Encontros sociais de todo o tipo também são orgulhosamente realizados e frequentados por aqueles que se acreditam imunes ao vírus. Essas pessoas não só se expõem como levam para casa, para o trabalho e assim por diante", concluiu.
Desde o início da pandemia, o Rio já contabilizou 905.821 casos confirmados, 52.998 óbitos e 125.495 internações pela covid-19.
Publicidade
*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes