Aprovado há mais de um ano, o projeto envolve vários laboratórios e estava com os recursos retidosReprodução

Por O Dia
Rio - A presença de uma nova variante da covid-19 foi confirmada, nesta terça-feira (22), no estado do Rio. Esta seria a quinta variante identificada. Segundo o RJTV, da TV Globo, o primeiro caso foi identificado em Porto Real, no Sul Fluminense. Ainda não há informações sobre a identificação desta nova variante.
De acordo com o jornalista Edmilson Ávila, mais detalhes devem ser apresentados, nesta terça-feira, por uma comissão.
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Principais variantes da covid-19 no Rio
A variante B.1.1.7 veio do Reino Unido e é a mais transmissível de todas. A variante B.1351 ou 501Y.V2 tem como local de origem a África do Sul e sofreu duas mutações N501Y e E484K. A variante B.1.617.2 tem origem indiana, conhecida por ser mais agressiva.
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A variante do Amazonas, a P.1, sofreu três mutações, N501Y, E484K e K417T. Já a linha P.2 é do Rio de Janeiro e sofreu apenas uma mutação, E484K.
A mutação N501Y é mais transmissível, já a E484K e a K417T têm possível enfraquecimento da ação dos anticorpos humanos contra o vírus.
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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que o monitoramento genômico da Rede Corona-Ômica-RJ identificou em meados de abril uma nova linhagem, originária da B.1.1.28, no município de Porto Real, divisa com o Estado de São Paulo. A linhagem P.5 tem a mesma estrutura da cepa original, porém sofre mutações no spike (“coroa” do vírus que se liga à célula). Dezenove casos da mesma variante já foram localizados no estado de São Paulo e, até o momento, não é possível afirmar que ela seja mais letal ou transmissível.

O estudo faz parte de uma parceria entre SES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, do Laboratório Central Noel Nutels, da Fiocruz, Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os dados do monitoramento mostram ainda que a linhagem P.1 (Brasil) continua sendo a mais frequente no estado. Além disso, registrou uma baixa frequência da VOC B.1.1.7 (Reino Unido) e o declínio da P.2, desde novembro do ano passado.

Em nota, a SES ressalta que, independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e evitar a aglomeração.
Além disso, é importante os municípios continuarem avançando no processo de vacinação contra a covid-19 e que a população retorne para receber as segunda dose. Apenas assim é possível alcançar a completa eficácia da vacina. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento.