Professor de jiu-jitsu foi preso no dia 16 de maio, na ChinaReprodução

Por Jenifer Alves
Rio - Há mais de um mês a vendedora Bruna Caruso, de 25 anos, tenta trazer o namorado que está preso na China de volta ao Brasil. O professor de jiu-jitsu Thiago Matheus Miranda Reis Silva, 28, foi preso na cidade de Hebei por conta de uma confusão nos documentos de permanência do rapaz no país asiático, segundo Bruna. A jovem fez um apelo nas redes sociais para conseguir ajuda. Na publicação, ela explica que Thiago trabalhava em uma academia na região com um visto obtido pelo dono do estabelecimento. No entanto, ao ser abordado pela fiscalização, foi constatado que os registros eram referentes a outra cidade, o que é ilegal no país.
"O Thiago sempre sonhou em dar aula fora do Brasil, pra ganhar melhor e ele foi pra lá em fevereiro de 2020 com a promessa de que o chefe dele daria entrada no visto de trabalho e tudo daria certo, depois ele levaria a família dele. Quando ele chegou lá, com visto de turista e um prazo de três meses, o cara ficou enrolando por causa da pandemia, falando que não tinha como e o Thiago só começou a trabalhar mesmo em junho", explica Bruna.
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A companheira de Thiago explica que, por conta da pandemia e a falta de voos para o Brasil, o governo Chinês renovava o visto do rapaz a cada mês e no início deste ano, o professor de jiu-jitsu voltaria para casa. 
"O patrão deu entrada no visto quando viu que o Thiago iria embora e ia perder o melhor professor que ele tinha, mas pediu ajuda ao dono de outra academia, em outra cidade. Lá você precisa ter o visto certo do lugar que você vai trabalhar e morar. Logo depois, a fiscalização bateu viram que o documento dele estava irregular e ele está lá detido desde o dia 16", contou a vendedora.
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Segundo Bruna, depois que o rapaz foi preso, no dia 16 de maio, seu último contato com ele teria sido no dia 18. O casal tem uma filha de oito meses. A jovem relevou ainda que a ida do companheiro para a China foi uma oportunidade de melhorar a vida da família e de dar um futuro melhor para a menina. A jovem tentou contato com o Itamaraty que a encaminhou para o Consulado Brasileiro, em Pequim.
Na primeira resposta, o consulado afirmou que as autoridades chinesas realizavam uma investigação sobre o ocorrido. Dias depois, foi informado que o empregador de Thiago deveria pagar uma multa por conta do documento irregular e a partir daí, ele poderia comprar uma passagem para retornar ao Brasil. Já no último contato, a entidade afirmou que ele seria deportado e que a informação da multa não estava confirmada.
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"Thiago sempre foi um menino muito batalhador, muito guerreiro e muito responsável. O que estão fazendo com ele é muita sacanagem. Isso não deveria estar acontecendo A gente quer respostas, a gente quer mandar ele pra casa", desabafou.
Agora, Bruna aguarda novas informações do consulado sobre o futuro do marido. Em nota, o Itamaraty informou que, por meio de sua Embaixada em Pequim, acompanha o caso e presta toda a assistência possível, "respeitando os tratados internacionais vigentes, como a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, e a legislação local". 
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Confira a publicação de Bruna. 
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