Segundo Marielza, o celular foi atirado ao outro lado da ruaReprodução

Por Jenifer Alves
Rio - Uma confusão dentro do restaurante Pizza Já, em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio foi parar na delegacia, na terça-feira. A universitária Marielza Maria Valentina, de 39 anos, que trabalha como montadora de pizza no estabelecimento e o dono do local, Felipe Mariano, discutiram e a funcionária o denunciou por agressão. Ela compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta-feira para exame de corpo de delito.
Segundo Marielza, a briga começou quando o homem mandou que ela agilizasse o serviço e a universitária informou que a cozinha estava sendo utilizada por outra funcionária. "Eu tive que improvisar uma forma de trabalho fora da cozinha e isso acabou atrasando as coisas porque lá não tem pia na cozinha. A higienização dos alimentos, lavagens de louça. É feito do banheiro. Ele pediu pra eu agilizar a montagem e eu perguntei 'e a fulana vai ficar invadindo meu horário até quando?' e ele se descontrolou, começou a gritar, eu me espantei e gritei também", conta a universitária.
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Marielza diz que tentou ir embora, pegou seu material de trabalho e cobrou ao dono do local o valor da diária. Ela explica que a situação se agravou e a briga foi para o lado de fora, quando Felipe teria puxado o celular dela que estava dentro do sutiã e arremessado o aparelho para o outro lado da rua. "Ele continuou gritando comigo e eu pedi pra ele abaixar o tom de voz dele. Ele disse que não ia abaixar porque estava dentro da pizzaria dele, ele falava comigo como ele quisesse", explica.
Segundo ela, um ralador utilizado na pizzaria foi comprado por ela e que quando Felipe se negou a pagar, Marielza pegou o objeto e tentou sair do restaurante. "Ele disse que ia trazer o dinheiro na porta da minha casa. Eu falei: 'Negativo. Eu não te dei liberdade pra vir até minha casa', foi quando o dono do restaurante teria a atacado e um motoboy precisou apartar a confusão.
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"Peguei as minhas coisas, botei dentro da bolsa, fui embora, revoltada com o que ele fez e aí quando eu já estava na rua, alguns metros da pizzaria, na frente de várias testemunhas, ele veio atrás de mim. Ele avançou em cima de mim, meu peitoral ficou vermelho, eu ralei cotovelo, minha bolsa arrebentou. Como eu estava distraída com o ralador, ele pegou o meu celular e arremessou contra a parede da outra calçada, quebrando todo o vidro do meu celular", conta. 
De acordo com a ocorrência registrada na 22ªDP (Penha), Felipe negou que o celular estava no sutiã de Marielza. Ele afirma que pegou o aparelho em cima de uma mesa e alega que também foi agredido. A unidade apura o caso. 
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