Gabriel Monteiro, deverá excluir três vídeos de seu canal do Youtube, em que afirma que um coronel da PM é envolvido com a contravenção Reprodução / Internet
Justiça ordena que Gabriel Monteiro retire três vídeos de seu canal no Youtube
Nos vídeos, o vereador do Rio acusa um coronel da PM de envolvimento com a contravenção. Segundo a justiça, as acusações são gravíssimas e sem nenhuma investigação em andamento
Rio - A justiça determinou que o ex-PM e vereador do Rio Gabriel Monteiro exclua de seu canal no Youtube três vídeos em que acusa o coronel Luciano de Vasconcelos, comandante do 19º BPM (Copacabana), de ser ligado à contravenção. De acordo com a decisão da juíza Luciana Santos Teixeira, à qual O DIA teve acesso, o conteúdo postado extrapola a liberdade de expressão, já que contém imputação criminal sem qualquer denúncia, inquérito ou investigação em andamento contra o oficial da Polícia Militar.
A ordem judicial, assinada no dia 2 de julho, afirma que Monteiro e o Google devem retirar os vídeos do ar em todas as suas plataformas num prazo de 24 horas após a intimação da determinação, sob pena de multa diária no valor de R$ 500. Até às 12h desta segunda-feira, o material ainda estavam no site de vídeos e já haviam ultrapassado 7,5 milhões de visualizações. Os números já são maiores do que os constatados na decisão judicial.
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Em junho, Monteiro publicou em seu canal no Youtube, que tem mais de 4 milhões de inscritos, três vídeos contra o coronel: 'Combati a corrupção na PM e a máfia! Operação Policial!', no dia primeiro, 'Flagrei PMs corruptos, resgate de vítimas!', no dia 14, e 'Corrupção da PM me venceu, desistindo!!!! Absurdo!'.
Em todos os títulos, segundo a justiça, o vereador se refere de maneira direta e indireta contra Vasconcelos, com "acusações bastante claras" de que o comandante do batalhão de Copacabana seja corrupto e que tem envolvimento com a contravenção.
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Para a juíza, o vereador "fez acusações gravíssimas contra o impetrante (coronel), afirmando em diversos trechos dos vídeos apontados que este teria envolvimento com grupos de contravenção penal, que estaria corrompido por estes e que, por isso, não teria interesse em agir com firmeza na repressão desta espécie de criminalidade".
A magistrada explicou que além da gravidade das acusações, o alcance obtido é outro agravante.
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"Como se vê, trata-se de material de alcance vastíssimo, com consequências igualmente amplas, quadro que só se agrava com o passar do tempo, conforme mais pessoas acessam os vídeos. Logo, a análise da matéria via mandado de segurança se mostra razoável e plenamente justificada", afirmou Luciana.
Monteiro se envolveu em confusão em Copacabana e perdeu escolta armada
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Na noite do dia 23 de junho, o vereador Gabriel Monteiro abordou um motorista de caminhão que estava realizando um frete, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e o acusou de estar transportando material da contravenção. O DIA divulgou o caso com exclusividade.
Segundo o motorista, ele foi agredido pelos seguranças da escolta do vereador, que usavam roupas pretas e toucas ninjas, e chegou a ser algemado e ameaçado de morte.
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Um dia após o ocorrido, a Justiça determinou que caberá à Câmara providenciar a segurança do vereador e a PM já retirou os agentes que o escoltavam.
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