Pai do menino Henry desabafa: 'Mãos que derramaram sangue inocente ainda permanecem em autodefesa'
A defesa de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, réu pela morte do enteado, pediu a revogação da prisão preventiva
Henry Borel morreu aos 4 anos de idade. Padrasto e mãe do menino foram acusados e estão presos por homicídio - Reprodução internet
Henry Borel morreu aos 4 anos de idade. Padrasto e mãe do menino foram acusados e estão presos por homicídioReprodução internet
Por O Dia
Rio - O engenheiro Leniel Borel, pai de Henry Borel, assassinado no dia 8 de março, postou uma mensagem ao filho em tom de desabafo na madrugada desta quarta-feira. A defesa de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, réu pela morte do enteado, pediu a revogação da prisão preventiva. "Ó Deus, a quem louvo, pedimos justiça pelo Henry. Mãos que derramaram sangue inocente ainda permanecem em autodefesa, com mentiras e indiferença do brutal assassinato que cometeram quatro meses atrás", escreveu Leniel em suas redes sociais.
Ainda na mensagem, o engenheiro diz que tudo lembra o filho e que nada poderá trazê-lo de volta: "Em minha mente e em meu coração, você ainda está aqui comigo. Não importa o que eu faça, meu pensamento sempre estará em você. Achei que conseguiria suportar essa saudade, mas não tenho forças suficientes para isso. Viver sem você é uma luta diária, e eu preciso vencer a cada dia uma batalha diferente. Papai permanecerá na luta por justiça por você aqui na terra. As mentiras destes que deveriam lhe proteger não prevalecerão em nenhum tribunal".
Além do assassinato do enteado, Jairinho responde por violências contra filhos de suas ex-namoradas. O político também foi indiciado por agredir a ex-mulher. O advogado do ex-vereador, Braz Sant’Anna, entregou a defesa dele no dia 3. O documento ainda vai ser analisado pela juíza responsável pelo caso.
O documento ainda sustenta que Monique foi insensível diante da morte de Henry, em mais um capítulo da guerra de acusações que os dois travam na Justiça.
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Monique diz que mentiu para proteger Jairinho
Presa preventivamente pela morte do filho de 4 anos, Monique Medeiros afirmou ao Jornal Extra ter mentido para proteger o então vereador. Na reportagem, ela falou sobre o relacionamento com o pai da criança e o início do envolvimento com Jairinho. Segundo Monique, o relacionamento com Leniel Borel terminou definitivamente em setembro de 2020 e o romance com Jairo de Souza começou no final de agosto. Em janeiro, ela e o parlamentar já foram morar juntos e levaram Henry.
A professora afirma ter sofrido sessões de violência psicológica, o que lhe deixou "cega". Ela também confirmou que o vereador lhe proporcionou uma vida melhor, mas que tudo foi pensando no filho. Ela ainda reafirmou não ter ciência das agressões ao filho e que seu único arrependimento é de não ter podido prever o mal que iria acontecer.
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