11ª DP (Rocinha), na Zona Sul do RioFausto Maia/Parceiro/Agência O Dia/Arquivo

Por Anderson Justino
Rio - Presa em flagrante nesta quinta-feira (8) sob a suspeita de maus-tratos contra a filha de 4 anos, que morreu ao dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento da Rocinha, na Zona Sul, Vanessa Rodrigues da Silva, de 32 anos, passa neste sábado (10) por audiência de custódia na Justiça do Rio.
O corpo da criança está sendo submetido a exames de perícia no Instituto Médico Legal (IML) da Região Central e ainda não foi liberado para enterro. 
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A mulher é moradora da Rocinha, onde vive em uma casa humilde no alto da comunidade com quatro filhos. Testemunhas disseram que a moça é boa mãe e que se desdobrava para cuidar dos filhos. 
A família era acompanhada pelo Conselho Tutelar. Representantes do Conselho disseram que a menina era bem cuidada pela mãe. A criança tinha microcefalia e dermatite atópica.
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Para a conselheira Heloisa Helena, com mais de 30 anos de experiência no Conselho, essas duas doenças podem ter contribuído para as característica apresentadas no corpo da menina. Ela acredita que a criança não tenha sido vítima de maus tratos. 
"Todos os vizinhos relatam que ela é uma boa mãe e que cuidava muito bem dos filhos. Ela apresentava aspectos de uma criança portadora desse tipo de doença. Espero que essa situação seja esclarecida o mais rápido possível", disse a conselheira. 
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Vanessa foi presa em flagrante por agentes da 11ª DP (Rocinha) depois que profissionais da UPA da Rocinha acionaram a polícia por encontrar hematomas pelo corpo da filha dela. A pequena Larissa Rodrigues da Silva tinha manchas roxas no corpo e estava desidratada e desnutrida.
Em nota, a Polícia Civil informou que a mãe da criança foi indiciada por suspeita de maus-tratos. A pena varia de 4 a 12 anos de prisão.