A avó de Kathlen, Sayonara de Fátima Queiróz de Oliveira, vai participar da reconstituição. Ela estava com a jovem no momento do tiroteio, e afirmou que implorou por socorro à uma equipe da PM que estava atuando na região. Além dela, equipes da Delegacia de Homicídios da Capital e policiais militares da UPP do Lins também estarão presentes.
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Pouco antes da reprodução simulada, agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil atuarão na região para evitar confrontos durante os trabalhos da DHC.
Relembre o caso
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Kathlen estava na comunidade para visitar parentes e foi atingida durante um tiroteio entre a Polícia Militar e traficantes, segundo a corporação. A jovem chegou a ser socorrida, mas, conforme a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS), não resistiu aos ferimentos e morreu logo após chegar ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, também na Zona Norte.
O porta-voz da PM, major Ivan Blaz, disse na ocasião que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins foram atacados por traficantes. Segundo o porta-voz, os PMs foram os primeiros a chegar no local em que Kathlen estava. De acordo com ele, os militares afirmaram que não foram os responsáveis pelos disparos que mataram a jovem.
No entanto, ao contrário do que alega a corporação, os moradores da comunidade Barro Vermelho, no Complexo do Lins, reafirmam que o tiro de fuzil que matou Kathlen Romeu partiu da PM. Eles usam o termo "cavalo de troia" para explicar a ação dos militares.
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"Eles fizeram 'troia' para atacar os bandidos, mas acabaram matando uma inocente grávida (Kathlen estava no quarto mês de gestação). Eles estavam escondidos dentro de uma casa desde a manhã, por várias horas, esperando os bandidos aparecerem. Quando eles surgiram, os PMs atiraram de dentro dessa casa. Mas quem morreu foi a menina inocente. Foram dois tiros apenas. Não houve tiroteio", disse uma moradora da comunidade, que afirmou ter presenciado o momento.
Segundo ela, os policiais só pararam de atirar após os gritos da avó da vítima, que foi atingida na Rua Araújo Leitão, por volta de 14h: "Logo depois dos tiros eu só vi a tia gritando: 'para, para, ajuda a socorrer'. Aí eles pararam de atirar. Eu fui ajudar e vi que a Kathlen tinha sido atingida", informou a moradora.
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), cinco dos 12 policiais que estavam na comunidade no momento em que Kathlen foi morta já foram ouvidos na DHC. Também foram apreendidas as armas do policiais militares: 10 fuzis calibre 7.62, dois fuzis calibre 5.56 e nove pistolas .40.
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