Baleados no ataque em Vigário Geral seguem internados
Três vítimas estão em estado grave; o autor do ataque, Fábio Damon Fragoso, baleado na perna, também tem quadro grave. Todos estão internados no Getúlio Vargas, na Penha
Baleados foram internados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha - Marcos Porto/Agência O Dia
Baleados foram internados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na PenhaMarcos Porto/Agência O Dia
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Yuri Eiras
Rio - Os três sobreviventes baleados durante o ataque a tiros do guarda municipal de folga Fábio Damon Fragoso da Silva, na noite de segunda-feira (12), em Vigário Geral, seguem internados em estado grave. O autor dos disparos também tem quadro grave - ele está sob custódia policial. Todos estão internados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Três pessoas morreram no episódio.
O ataque aconteceu na noite de segunda-feira, na Rua Mauro, em Vigário Geral. As vítimas e o autor foram levados para o Getúlio Vargas. Antônio Pereira de Souza, de 62 anos, apresentava quadro clínico estável, mas evoluiu para grave entre terça e quarta-feira. O atirador Fábio Damon, 46, baleado na perna, também se encontrava estável e passou para grave.
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Wilson Lima Fraga, de 58 anos, e Lucas Ferreira de Souza Alves, de 25, baleado na barriga, já apresentavam estado de saúde grave e permanecem sob observação.
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Segundo testemunhas, Wilson e Antônio foram baleados ainda no bar, após uma brincadeira que virou discussão. Fábio Damon foi em casa, pegou sua pistola - ele não tem porte de arma - e disparou contra os frequentadores do estabelecimento. Délcio Fernando Gonçalves e André Silva Ramos morreram no local. Lucas Ferreira, militar do Exército, tentou acalmar os ânimos, mas foi baleado na barriga. Anderson Pinto Lourenço, assessor parlamentar, tentou acudir Lucas e conversar com policiais militares que estavam no local, mas também foi ferido e morreu.
Uma vizinha conta que viu Fábio Damon atirar pelo menos dez vezes. "Foram mais de 10 tiros de uma vez só, então eu fui até a minha janela e me deparei com aquele louco atirando no bar, matando os dois homem que inclusive bebiam com ele. Estava extremamente alterado", afirmou a vizinha ao DIA. "Dois vizinhos apareceram para tentar ajudar a acalmar a situação, mas ele disparou novamente. Pegou no olho e na barriga de um deles. Na hora que ele ia atirar no outro, a arma travou e não tinha mais bala".
"Ele não foi imobilizado, ninguém conseguia detê-lo. Os amigos dele tentavam convencer, mas ele dizia: 'saiam daqui se não vou atirar em vocês'. A arma estava na cintura o tempo todo. Não tinha como, ele estava muito transtornado", conta Maria Lúcia.
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