O número registrado de mortes pela variante Delta no Rio é de quatro mortes durante a tarde desta sexta-feira (23)Reprodução

Rio - Entre os quatro pacientes que não resistiram a variante Delta da covid-19 divulgados na quinta (22) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), uma pessoa estava elegível para se vacinar e não tinha tomado, até então, a sua primeira dose. Outras três pessoas não estavam com o esquema completo - que inclui as duas aplicações - e duas tinham histórico de comorbidades. Uma das vítimas que não havia tido a localização revelada ontem foi confirmada como morador de Queimados, na Baixada Fluminense.

O governo do estado e as Secretarias de Saúde seguem investigando o caso. A seguir, confira o histórico de informações levantadas até o momento pelas equipes de vigilância sanitária a respeito das vítimas da variante Delta:

Primeiro caso: uma mulher de 73 anos de idade, com histórico de hipertensão e angina, que não resistiu no dia 4 de julho. Ela começou a sentir os sintomas em 24 de junho quando testou positivo para a covid-19 e passou por atendimento na UPA Comendador Soares e, posteriormente, foi internada no Hospital da Posse. Ela foi vacinada com a CoronaVac no dia 16 de abril.
Segundo caso: um homem de 50 anos, morador de Duque de Caxias. Ele não resistiu a variante e morreu no dia 5 de julho. Ele tinha duas comorbidades, diabetes e hipertensão, estava elegível para se vacinar mas não há registros de sua imunização.

Terceiro caso: uma mulher de 43 anos, moradora de São João de Meriti. A prefeitura e o governo investigam se ela tinha histórico de comorbidade. Ela faleceu no dia 10 de julho vítima da variante Delta e tinha se vacinado com a primeira dose da Pfizer no dia 21 de junho.

Quarto caso: um homem de 53 anos morador de Queimados. Ele tomou a sua primeira dose da vacina em maio e o governo e prefeitura investigam se o paciente teria alguma comorbidade.
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Todas as vacinas são eficazes contra a variante Delta
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção contra a covid-19 seguem as mesmas, com o uso de máscara, álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social. A pasta classificou como fundamental a quarentena de 14 dias para qualquer pessoa com sintomas ou diagnóstico da doença - qualquer que seja a variante.

Por fim, em nota, a Secretaria pediu que os municípios fluminenses avancem no processo de vacinação contra a covid-19. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil têm se mostrado eficazes contra a variante Delta e demais cepas, principalmente quando há a aplicação das duas doses do esquema vacinal. 
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Na quinta-feira (22), o Secretário estadual da Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, enviou ao DIA um vídeo com orientações para a população a respeito de dúvidas sobre a variante Delta. Ele reforçou que todas as vacinas são eficazes contra a covid-19 e demais cepas.