Investigação aponta que ao menos R$53 milhões teriam sido desviados dos cofres municipais Tomaz Silva/Agência Brasil

Rio - O juiz eleitoral Marcel Laguna Duque Estrada, da 16ª Zona Eleitoral negou, nesta sexta-feira, o pedido da defesa de Marcelo Crivella para que o passaporte do ex-prefeito fosse devolvido e ele pudesse deixar o país. Segundo a decisão do magistrado, o afrouxamento das restrições impostas poderia colocar o andamento do processo em uma situação vulnerável e comprometer a segurança do julgamento com o afastamento do político.
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"Percebe-se, nesse aspecto, que o afrouxamento das restrições impostas ao Requerente vulneraria a instrução processual em demasiado, posto que afastaria o acusado do distrito da culpa, dificultando até mesmo a realização de atos processuais, quanto mais quando o que se pleiteia é a devolução de um passaporte, o que atenta frontalmente a segurança de se ter, ao final do processo, a adequada tutela jurisdicional", escreveu Duque Estrada.
Crivella pediu à Justiça Eleitoral que revogasse a decisão que apreendeu seu passaporte para que pudesse voltar a desempenhar seu papel de líder religioso e assumisse o cargo de embaixador da África do Sul. O ex-prefeito foi indicado para o cargo pelo Presidente Jair Bolsonaro, no último dia 7 de junho. O ex-prefeito do Rio é investigado por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa e organização criminosa