Professor foi encontrado com dezenas de cartões de débito e crédito e espelhos de cartões bancários, celulares, chips e computador, além de caixas de remédios controladosDivulgação

Rio - Suspeito de aplicar diversos golpes na internet, Jailson Ferreira da Silva, conhecido como Professor, de 23 anos, foi preso na tarde de terça-feira, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, durante uma ação conjunta de policiais civis e militares. Investigações apontam que, com os crimes, ele movimentou cerca de R$ 500 mil desde janeiro.
Ao longo de dois meses, agentes da 20ª DP (Vila Isabel) descobriram que o suspeito, que é hacker, aplicava os golpes utilizando dados de terceiros ao vender cartões de crédito falsos. Em um vídeo, ele chegou a filmar centenas de cartões que seriam enviados aos seus clientes e garante que o seu trabalho é sério.
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Os agentes apuraram que as pessoas o procuravam através do Whatsapp, dizendo que tinham interesse na compra e o valor do limite de crédito que precisavam. 
Policiais descobriram que as pessoas procuravam o golpista através do Whatsapp - Divulgação
Policiais descobriram que as pessoas procuravam o golpista através do WhatsappDivulgação
Os policiais civis e PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Andaraí encontraram Professor em um luxuoso motel, onde estava hospedado. Ele foi capturado em posse de dezenas de cartões de débito e crédito e espelhos de cartões bancários, celulares, chips e computador. Também foram apreendidas dezenas de caixas de remédios de receituários controlados, sem registro ou receitas.
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"Essa prisão foi em decorrência de um trabalho de inteligência, cruzamento de dados e monitoramento extenso. Localizamos o Jailson dentro do hotel, onde ele estaria hospedado já havia um tempo. Todo material apreendido com ele era usado para aplicar golpes na internet. Na análise preliminar, observamos que desde janeiro ele teria movimentado cerca de meio milhão de reais", disse o delegado Cristiano Maia, titular da 20ª DP.
Professor foi autuado em flagrante por estelionato e e adulteração de produtos destinados a fins medicinais. Somadas, as penas podem chegar a 20 anos de prisão. Maia garantiu que as investigações irão continuar.
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"As investigações prosseguem no sentido de identificar outros elementos que trabalhariam com esse indivíduo. Inclusive, no meio, por ser um hacker, ele é conhecido como Professor e outros elementos estariam ligados a ele. Então vamos trabalhar para identificar eles e outras possíveis condutas que essa organização criminosa estaria praticando", finalizou.