Girão foi preso nesta sexta-feira, em São PauloDivulgação

Rio - O ex-vereador Cristiano Girão, preso nesta sexta-feira por duplo homicídio qualificado, dormia em uma loja para evitar ser localizado pela polícia depois que tomou conhecimento sobre o mandado de prisão preventiva que havia contra ele. Segundo a corporação, ele foi abordado enquanto dirigia seu carro ao sair do estabelecimento no bairro Pari, área central da cidade de São Paulo, onde mora atualmente.
A operação foi realizada após trabalho de inteligência, monitoramento e vigilância de Girão, que foi localizado e preso pela equipe da DHC, com o apoio da Polícia Civil de São Paulo. Em uma foto que O DIA teve acesso, o ex-vereador aparece vestindo uma blusa preta, óculos escuros e boné dentro de uma loja. O estabelecimento, que funciona uma confecção de roupas, seria dele e de sua ex-mulher. Confira:
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Os agentes também cumpriram um mandado de prisão contra Ronnie Lessa, preso atualmente por ter assassinado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O PM reformado é apontado pelas investigações como executor do duplo homicídio do casal André Henrique da Silva Souza, o Zóio, e Juliana Sales de Oliveira, mortos em junho de 2014 a mando de Girão.
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A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio apontam que o ex-vereador encomendou a morte de André e Juliana enquanto cumpria pena em regime fechado na época. Ele era apontado como líder da milícia da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, onde o crime aconteceu. Diversos mandados de busca e apreensão ligados aos alvos foram cumpridos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, o que motivou o duplo homicídio foi uma disputa territorial entre grupos de milicianos comandados pelo ex-parlamentar contra a facção criminosa liderada por uma das vítimas, que tentava dominar a região da Gardênia Azul após a prisão de Girão. Para tentar retomar o domínio financeiro da organização sobre a comunidade, ele contratou Ronnie Lessa para a execução do crime.