Terreno na Tijuca é utilizado como garimpo de pregos de chumboReprodução/ TV Globo

Rio - A Prefeitura do Rio decidiu demolir uma chaminé e um forno no terreno de um supermercado desativado na Tijuca em que mais de cem pessoas estavam trabalhando em uma espécie de garimpo irregular de pregos de chumbo. As construções teriam ficado instáveis por conta das escavações. O subprefeito da Tijuca descobriu na sexta-feira que o terreno está sendo explorado como garimpo irregular na altura do Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
A subprefeitura local tomou conhecimento da exploração por meio de uma denúncia na última sexta-feira. A 19ª DP (Tijuca) instaurou procedimento policial para apurar os fatos e quatro pessoas foram autuadas por crimes ambientais. A ação contou com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Batalhão da Polícia Militar da região.
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"Assim que recebi a denúncia, acionei imediatamente a 19ª Delegacia de Polícia e o 6º Batalhão da Polícia Militar. Após constatação do fato e da existência de garimpo no local, levei a Defesa Civil e procedemos com a imediata interdição do lugar, para posteriormente providenciar a retirada dos garimpeiros do local”, explicou o subprefeito Wagner Coe.
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No clarão de terra no meio da mata, homens escavam o solo e peneiravam a terra para extrair farta quantidade de pregos de chumbo. A origem do material ainda não foi identificada. No local já funcionou uma fábrica da Brahma e uma de cigarros da Souza Cruz. Posteriormente, o espaço foi comprado por um supermercado Carrefour, mas a unidade foi desativada e o terreno está abandonado desde 2005.
A deputada estadual do Rio Mônica Francisco (Psol), crescida no Borel, comentou a descoberta em sua conta no Twitter. e cobrou proteção ambiental "Um garimpo clandestino bem perto do asfalto. Cerca de cem homens estavam escavando em área de mata atrás de antigo hipermercado, na Tijuca. Precisamos fiscalizar e desmantelar esse tipo de atividades, principalmente dentro de áreas de proteção ambiental", escreveu.

A ação da Prefeitura também identificou o início de construções irregulares na Rua Agostinho, na mesma região.