Jairinho e Monique quando foram presos preventivamente em abrilReprodução

Rio - A Justiça do Rio negou na terça-feira um pedido do Ministério Público do Rio (MP-RJ) para quebrar os sigilos bancário e fiscal do ex-vereador Jairinho e de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel. A decisão é de terça-feira (3).
O advogado de Jairinho, Braz Fernando Sant'anna, argumenta que não há espaço no processo do tribunal do júri para discussão sobre ocultação ou desfazimento de bens. "A decisão que indeferiu o bloqueio está corretíssima. Não há espaço, ainda mais quando a medida invasiva de quebra de sigilo é feita sob presunção", afirmou.
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O MP-RJ pediu a quebra dos sigilos por ver indícios de que Jairinho estaria se desfazendo do patrimônio para evitar pagamento de eventual indenização.

Em sua decisão, o juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal do Rio, no entanto, não entendeu que os indícios mínimos foram apresentados.

Jairinho e Monique Medeiros estão presos desde o dia 8 de abril. O casal responde por tortura e assassinato da Henry Borel, no dia 8 de março.
O MP-RJ também pediu uma indenização a ser paga pelos dois presos para o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, no valor de R$ 1,5 milhão pela morte do filho. 
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Jairinho ainda é alvo de outras três denúncias, duas por torturar filhos de ex-namoradas e uma por violência doméstica. O ex-vereador perdeu o cargo por quebra de decoro.
Além da morte do filho, a professora Monique Medeiros responde pelo crime de incapacidade. Para a Polícia Civil e Ministério Público do Rio, por ser mãe ela tinha a obrigação de denunciar o namorado.