Gestoras de Políticas para as Mulheres dos Municípios do Rio de Janeiro, Niterói e Maricá, Joyce Trindade, Fernanda Sixel e Luciana PireddaFabio Motta / Divulgação: Prefeitura do Rio

Em 2020 cerca de 34% das mulheres assassinadas o Brasil foram vítimas de feminicídio.  Em média, três mulheres morrem vítimas de feminicídio no país diariamente.  No estado do Rio de Janeiro, foram 270 casos de tentativas de feminicídios e 521 foram assassinadas. Os números revelam um cenário alarmante e dispara um alerta: é preciso combater este tipo de crime. Foi baseado nestas estatísticas, que neste sábado (7), dia em a Lei Maria da Penha completa 15 anos, as prefeituras das cidades do Rio, Niterói e Maricá iniciaram a campanha 'Juntas Contra o Feminicídio', lançada na ponte Rio-Niterói.
A iniciativa está adesivando táxis no Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município. Mais de 100 táxis foram adesivados. Ainda hoje, faixas serão distribuídas pela Avenida Brasil em pontos da Zona Norte e Oeste.
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Às 18 horas serão iluminados pontos como o Monumento ao Cristo Redentor; a Igreja da Penha; o Maracanã; o Estádio São Januário; a Igreja Nossa Senhora da Penna; os Arcos da Lapa; a Câmara de Vereadores; o Museu do Amanhã; o Copacabana Palace; o Chafariz da Estrada do Galeão; o Telão da Cidade das Artes; e o prédio da Prefeitura do Rio, no Rio de Janeiro; o Caminho Niemeyer e o MAC, em Niterói e a Entrada da Cidade e a Igreja Matriz N. Srª. do Amparo, em Maricá.

Ao longo da semana, serão realizadas ações para levar mais informações às mulheres usuárias das Barcas e do BRT-Rio. A proposta é mostrar que as mulheres podem pedir ajuda, mesmo quando ainda não se sentem preparadas para denunciar o caso.

"Queremos que toda mulher saiba como buscar ajuda, que ela não está sozinha e que existem serviços para apoiá-la. Além da campanha, os três municípios contam com ações concretas para que as mulheres possam romper com o ciclo da violência" - afirma a Secretária de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade.
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Registros de violência aumentaram
A Lei 11.340/2006 recebe o nome da cearense Maria da Penha, que ficou paraplégica em decorrência das duas tentativas de feminicídio por parte do marido, em 1983. Após a criação da lei, foram implementados mecanismos para combater a violência doméstica e familiar. A lei abrange outras formas de violência além da física, como a psicológica, sexual, patrimonial e moral.

Mesmo com 15 anos de vigência da Lei Maria da Penha e de ser referência internacional, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de violência contra as mulheres, e esses dados se tornaram mais preocupantes durante a pandemia da covid-19.
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Secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Joyce Trindade, incentiva vítimas a buscarem ajuda - Fabio Motta / Divulgação: Prefeitura do Rio
Secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Joyce Trindade, incentiva vítimas a buscarem ajudaFabio Motta / Divulgação: Prefeitura do Rio


Somente no estado do Rio de Janeiro, entre março e dezembro de 2020, durante o isolamento social, mais de 250 mulheres foram vítimas de violência por dia. Cerca de 61% desses casos ocorreram dentro das residências, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP).
Em 2019, dados de violência contra a Mulher, do ISP, mostram que a cada 6h uma mulher foi estuprada no Rio. A cada 3,8 dias uma mulher foi morta e  59% das ocorrências aconteceram na residência da vítima. Nos casos de estupro, 41% das vítimas eram crianças de 0 a 11 anos. Destas, 57% eram negras.

Para mais informações da rede de proteção em cada cidade acesse: bit.ly/juntascontraofeminicidio
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