Guarda Municipal foi preso em flagrante por um policial à paisana que estava no local Reprodução

Rio - Uma câmera de segurança registrou a briga que resultou na morte do policial militar Cristiano Loiola Valverde, de 39 anos, na noite deste domingo (9), em Nilópolis, na Baixada Fluminense. A vítima foi morta a tiros pelo guarda municipal do Rio, Max Aurélio da Costa Biasotto Ferreira. O caso aconteceu em um bar na Praça Santos Dumont. O estabelecimento estava cheio de pessoas que assistiam à partida entre Flamengo e Internacional, no início da noite.
Testemunhas relataram que o policial tentou separar uma briga entre duas mulheres, mas acabou discutindo com o guarda municipal. As imagens mostram Cristiano sendo empurrado por Max, dando início a uma discussão. Em seguida, o PM aponta sua arma para o guarda municipal, que tenta pegá-la, e a briga continua entre eles. O militar é contido por três homens e quando tenta se aproximar novamente de Max, é baleado.

Segundo uma testemunha ouvida pelo DIA, que pediu para não ser identificada, Max Aurélio descarregou o primeiro pente e deu aproximadamente 15 tiros no policial. Logo em seguida, houve correria no local e ele conseguiu colocar um novo carregador na pistola, efetuando ao menos outros cinco disparos. A Polícia Civil não comentou sobre essa informação.

As imagens mostram que o guarda se abaixa e recolhe um objeto do chão, antes de fazer mais disparos contra Cristiano, que já estava caído. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que Max Aurélio foi agarrado por populares na praça. Ele foi preso em flagrante por um policial à paisana que estava no local. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). 
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Valverde ingressou na PM em 2014 e trabalhava atualmente na Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). Ele também atuou como segurança particular do vereador de Nilópolis Anderson Campos (Republicanos). Horas antes da morte, Valverde chegou a publicar uma mensagem de Dia dos Pais nas redes sociais. "Valorize seu pai, sua mãe, sua família e seus amigos. A vida não avisa quando vai acabar". Ele deixa uma filha adolescente.  O corpo do PM será velado nesta terça-feira (10) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, e o sepultamento acontece às 11h. 

Além de matar o policial, os disparos também atingiram Alexandre Severino Martiniano, de 38 anos, no pé direito. Ele deu entrada no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) na madrugada desta segunda-feira (9), mas foi transferido para o Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis. O estado de saúde da vítima é estável.