Abastecimento de água na Ilha de Paquetá está interrompido há quase um mêsDivulgação

Rio - Após 25 dias sem abastecimento de água na Ilha de Paquetá e com a previsão de retomada do fluxo de água vencida, a Associação de Moradores da Ilha de Paquetá (Morena) vai realizar uma assembleia geral virtual nesta terça-feira (10), às 19h30. Na reunião, a associação quer propor uma convocação de ato público ou assembleia presencial de forma urgente. O novo prazo para retomada dos serviços da Cedae foi adiado para a próxima quinta-feira (12).
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro também foi acionada e, segundo a Morena, foi oficializado para que a Cedae faça a regularização imediata do fornecimento de água para Paquetá. A segunda-feira foi aguardada por muitos moradores que acreditaram na informação de que o abastecimento seria religado. Em nota publicada no site da Cedae, no sábado (7), a companhia informou que estava realizando reparo emergencial de vazamento em tubulação de água que atende a Ilha de Paquetá e devido à complexidade do serviço em tubulação subaquática, que exige a utilização de mergulhadores, foi necessário estender o prazo de conclusão para o domingo (8). "A previsão é que o fornecimento de água seja iniciado no mesmo dia e normalizado em até 24 horas. Durante a execução do trabalho o abastecimento para o local ficará interrompido". Mas não foi o que aconteceu, segundo dezenas de moradores.
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Nas redes sociais, muitos se queixaram dos prazos que não foram cumpridos pela Cedae. "Gente, já tem algum sinal de água em Paquetá?", perguntou uma moradora em um grupo de notícias da região. Ela recebeu as seguintes respostas: "Nada... minha cisterna está quase vazia..."; "Praia dos Tamoios sem água"; "Rua Alambari Luz, nada de água"; "Na Comandante Guedes nenhuma gota"; "Aqui na Coelho Rodrigues, a cisterna já está só na metade. Acho que vamos ter que dessalinizar a água da baía".
Em uma outra publicação, um morador disse que está sem água há quase um mês. "Minha família mora na Frei Leopoldo. Tem quase um mês que lá não cai água". "A última vez que caiu água aqui foi por volta do dia 27/7. Temos uma idosa de 99 anos e estamos usando chuveiro da casa de um parente que não está na ilha", escreveu outro morador.
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Diante deste cenário, a Cedae voltou a informou à associação que foi identificado, nesta segunda-feira, a necessidade de novo reparo na tubulação subaquática, "o que desloca a previsão de retomada do abastecimento para a próxima quinta (12)". Para suprir as necessidades dos hospitais e escolas, a Cedae está fornecendo carros pipa para abastecer.
Em nota, a associação agradeceu o esforço dos funcionários, mas ressaltou a falta de comprometimento da companhia. "A Morena agradece os funcionários da Cedae de Paquetá pois testemunhamos há dias os esforços dos mesmos, moradores como todos nós. Mas a concessionária tem de fornecer meios mais eficazes para uma solução emergencial. Se são quatro mergulhadores no conserto da tubulação subaquática, disponibilizem 100 mergulhadores! Se falta água no reservatório de Laranjal, não podemos aguardar por chuvas, que enviem um exército de caminhões pipas para encher o reservatório! É a CEDAE quem tem a obrigação de trazer uma solução efetiva e urgente!"
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O DIA procurou a Cedae solicitando esclarecimentos sobre a retomada do abastecimento de água. Em nota, a companhia respondeu:
"A Cedae concluiu na tarde de domingo (08/08) o serviço de reparo na tubulação que atende a Ilha de Paquetá. No entanto, durante a retomada do sistema, ao reabastecer a tubulação (recolocar em carga), foi identificado vazamento em outro ponto da rede.

O reparo será iniciado na manhã desta terça-feira (10/08) e está previsto para ser concluído na próxima quinta-feira (12/08), devido à complexidade em tubulação localizada dentro da Baía de Guanabara. Durante a execução do trabalho o abastecimento para a localidade ficará interrompido.

Por se tratar de tubulação subaquática, localizada em área de embarcações, durante o período de realização do serviço foi necessário solicitar o auxílio de mergulhadores e de balsa credenciados pela Capitania dos Portos. O fornecimento de água será iniciado após a conclusão do reparo e deve levar até 24 horas para ser normalizado.

Unidades de serviços essenciais estão sendo abastecidos como prioridade, por meio de caminhões-pipa levados por balsa."
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*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes