Júlio César de Oliveira Souza, condenado a 15 anos por feminicídio, foi preso em Ricardo de AlbuquerqueREGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA
Mais de 100 pessoas são presas em operação da Polícia Civil que mira acusados de violência contra a mulher
Ação acontece no aniversário de 15 anos da Lei Maria da Penha e no mês de agosto, que é o mês 'Lilás' de conscientização pelo fim da violência doméstica
Rio - O Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) prendeu, até o final da tarde desta terça-feira, pelo menos 120 acusados de feminicídio em operação contra esse tipo de violência. Chamada de 'Operação Gaia', a ação acontece no ano em que a Lei Maria da Penha completa 15 anos e no mês de agosto (agosto Lilás), mês da conscientização pelo fim da violência doméstica.
Segundo a delegada Sandra Ornelas, que coordena a ação com outras cinco delegacias especializadas no atendimento a mulher, o objetivo da operação é chamar atenção para os crimes de violência cometido contra mulheres. Um dos presos na ação, estava condenado há quase dez anos.
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"Nós tivemos hoje o cumprimento de um mandado, um mandado de prisão em razão da prática de um crime que seria hoje feminicídio, mas como foi praticado em 2012 ele foi condenado por homicídio doloso de uma mulher", explicou a delegada.
O homem mencionado pela delegada é Júlio Cesar de Oliveira Souza, um ex-militar do exército foragido da Justiça por ter matado a ex-companheira a facadas em 2012. De acordo com a delegada, ele matou Renata Miranda Cristino Nascimento, 26, após ela dizer que esperava um filho dele. Antes do crime, Júlio Cesar, pediu o teste de gravidez, que não foi feito pela companheira. O homem, à época lotado no 1° Batalhão de Guardas, foi condenado a 15 anos de prisão, mas estava foragido.
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Além de Júlio, outras 119 pessoas foram presas acusadas de crimes de violência contra a mulher em todo o estado. Sendo uma delas presa em flagrante, em São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense. Participam da ação as delegacias especializadas de atendimento a mulher de Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti, Duque de Caxias e outras distritais do interior.
Para a delegada, os crimes contra a mulher geralmente tem a mesma premissa, mas não há um perfil exato do agressor. "É interessante a gente falar que há um perfil do autor de violência contra a mulher, mas infelizmente não existe. Qualquer homem que vive mergulhado nessa sociedade extremamente machista, no momento em que sente que perde o controle da mulher, é possível que ele se sinta incentivado a cometer uma violência desse tipo", pontuou a delegada.
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