Traficante Churrasquinho é preso pela polícia em conjunto habitacionalDivulgação

Rio - Apontado pela polícia como um dos chefes do tráfico de drogas da região de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Paulo Vitor Vinuto Barbosa, o "Churrasquinho", de 26 anos, foi morto, na madrugada desta terça-feira (10). O homem era investigado por pelo menos oito homicídios e tinha dois mandados de prisão pendentes. Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estiveram em um conjunto habitacional no bairro Canjulo, em Caxias. Segundo a polícia, "Churrasquinho" reagiu a prisão e atirou contra os agentes, que reagiram e neutralizaram o criminoso.
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Com o acusado, os agentes apreenderam uma granada, dois rádios transmissores, munições, além de uma pistola, com kit rajada, que foi descarregada contra os policiais durante a ação.
Paulo Vitor era acusado de ter matado um homem e sua mãe, no dia 23 de junho deste ano, em Saracuruna. A polícia informou que "Churrasquinho" e outros traficantes invadiram a casa das vítimas e atiraram contra Anderson Pereira da Silva. A mãe de Anderson tentou abraçar o filho e também foi executada. Os traficantes chegaram a jogar uma granada na residência para atear fogo no imóvel.
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Em março deste ano, Marcio da Silva Apolinário Pauladia foi assassinado dentro de casa, em Saracuruna, por "Churrasquinho" e mais três comparsas. De acordo com a polícia, a principal motivação foi o conflito com a milícia local. Na época, foi expedido o segundo mandado de prisão contra o líder do tráfico. 
O chefe do tráfico também era investigado por um duplo homicídio, em abril deste ano, também em Saracuruna. Segundo as investigações, "Churrasquinho" estava sozinho em uma moto, quando emparelhou com um carro e atirou diversas vezes contra Lukas Pereira de Alcântara e Adalberto Castro da Silva, que teriam envolvimento com a milícia local. Após o motorista ser atingido e colidir em uma árvore, "Churrasquinho" ainda fez mais disparos contra os dois. 
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De acordo com a polícia, os homicídios foram motivados por conta da disputa de territórios da região de Vila Urussaí e Saracuruna, em Duque de Caxias, entre milicianos e traficantes. O conflito foi intensificado após a milícia local, que dominava o território, ter tido diversos integrantes presos nos últimos anos. 
De acordo com a polícia, junto com Carlos Henrique Santos de Araújo, conhecido como "CH", "Churrasquinho" atuava como líder do tráfico de drogas da região, que integra a facção Comando Vermelho (CV), com vínculo nas comunidades de Jardim Ana Clara, Cangulo e Rasta. Ainda segundo a especializada, o tráfico da região atua com características similares à milícia, como extorsão de comerciantes e moradores, posse de casas e terrenos, assumindo monopólio de atividades comerciais. Além disso, também expulsam o prestadores de serviços de internet e TV a cabo para atuação daqueles com quem estão associados.
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"Churrasquinho" também foi denunciado pela execução de Christoper Carlos da Costa, em 2017. Christoper foi morto dentro de um carro, no Jardim do Trevo, em Queimados, também na Baixada Fluminense. 
Além disso, o criminoso era investigado em outros seis inquéritos, que apuram homicídios. Ele também possuía mais de dez anotações criminais por outros crimes.
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