Diony Lopes Torres, o PlayboyDivulgação

Rio - Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) prenderam, na noite desta quinta-feira, o chefe do tráfico de drogas da comunidade Vila Sapê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Diony Lopes Torres, o Playboy, de 37 anos, foi capturado no distrito de Piabetá, em Magé, após monitoramento do setor de inteligência da unidade, que identificou que ele ia fugir para o Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.

O criminoso é autor de um áudio em que relata que “se policial morrer, não dá em nada”, incentivando bandidos de sua organização a atirarem contra agentes de segurança. Playboy também é investigado pela DRFA por envolvimento em roubos de veículos.
Escutas telefônicas
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Interceptações telefônicas realizadas pela 62ª DP (Imbariê) com autorização da Justiça revelam como traficantes de duas comunidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, agiam contra policiais. Criminosos davam ordens para atirar em viaturas e matar quem entrasse em seus destinos. "Se entrar de novo, atira. Pode atirar que não vai dar em nada. Se um policial morrer, não dá em nada', disse o delegado Marcos Santana, responsável pelas investigações, revelando um dos trechos obtidos pelos investigadores durante seis meses de escutas.
Segundo o delegado, o áudio é atribuído ao Playboy. O episódio ocorreu quando uma viatura de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) da Polícia Militar tinha entrado na comunidade. Ele também comanda o tráfico na comunidade do Caleme, em Teresópolis, na Região Serrana. Já os traficantes Bola e Rex são responsáveis pela venda de drogas em Parada Angélica.
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"A gente sabe que uma certa facção no Rio faz esse enfrentamento contra o Estado. É a luta do bem contra o mal de verdade. Por uma viatura da polícia entrar na comunidade, eles entenderam que ela não podia fazer essa rota e o líder determinou que podiam atirar na viatura", explicou o delegado.
As escutas telefônicas revelaram também a renda financeira da quadrilha, cerca de R$ 2 milhões mensais, com atividades ilícitas como tráfico de drogas, roubos de carga e carros e assaltos. A polícia identificou que parte do dinheiro era depositado em contas bancárias de pessoas ligadas à quadrilha.
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"O dinheiro era depositado na conta de terceiros para apresentar legalidade", ressalta Santana, destacando que as investigações começaram para identificar uma quadrilha de roubo de cargas e acabaram chegando no tráfico de drogas.
Segundo a promotora Mariana Segadas, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pelo menos três contas bancárias foram bloqueadas a pedido do MPRJ. "Foi comprovado através de escutas que a movimentação financeira era muito alta e, inclusive, iam para essas contas bloqueadas".
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A Operação Domínio Final foi desarticulada para cumprir 28 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 13 mandados foram cumpridos nesta quarta-feira (18), sendo que sete pessoas já estavam presas e seis foragidas. Ainda segundo a polícia, uma pessoa foi presa em flagrante.