Rio - Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) prenderam, na noite desta quinta-feira, o chefe do tráfico de drogas da comunidade Vila Sapê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Diony Lopes Torres, o Playboy, de 37 anos, foi capturado no distrito de Piabetá, em Magé, após monitoramento do setor de inteligência da unidade, que identificou que ele ia fugir para o Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.
O criminoso é autor de um áudio em que relata que “se policial morrer, não dá em nada”, incentivando bandidos de sua organização a atirarem contra agentes de segurança. Playboy também é investigado pela DRFA por envolvimento em roubos de veículos.
Segundo o delegado, o áudio é atribuído ao Playboy. O episódio ocorreu quando uma viatura de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) da Polícia Militar tinha entrado na comunidade. Ele também comanda o tráfico na comunidade do Caleme, em Teresópolis, na Região Serrana. Já os traficantes Bola e Rex são responsáveis pela venda de drogas em Parada Angélica.
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"A gente sabe que uma certa facção no Rio faz esse enfrentamento contra o Estado. É a luta do bem contra o mal de verdade. Por uma viatura da polícia entrar na comunidade, eles entenderam que ela não podia fazer essa rota e o líder determinou que podiam atirar na viatura", explicou o delegado.
As escutas telefônicas revelaram também a renda financeira da quadrilha, cerca de R$ 2 milhões mensais, com atividades ilícitas como tráfico de drogas, roubos de carga e carros e assaltos. A polícia identificou que parte do dinheiro era depositado em contas bancárias de pessoas ligadas à quadrilha.
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"O dinheiro era depositado na conta de terceiros para apresentar legalidade", ressalta Santana, destacando que as investigações começaram para identificar uma quadrilha de roubo de cargas e acabaram chegando no tráfico de drogas.
Segundo a promotora Mariana Segadas, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pelo menos três contas bancárias foram bloqueadas a pedido do MPRJ. "Foi comprovado através de escutas que a movimentação financeira era muito alta e, inclusive, iam para essas contas bloqueadas".
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A Operação Domínio Final foi desarticulada para cumprir 28 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 13 mandados foram cumpridos nesta quarta-feira (18), sendo que sete pessoas já estavam presas e seis foragidas. Ainda segundo a polícia, uma pessoa foi presa em flagrante.
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