Carta relata a necessidade de medidas urgentes para restabelecer condições de trabalhoDivulgação/IBAMA
"Como já deve ser de vosso conhecimento, os trabalhadores terceirizados estão há 3 meses sem receber salário e sem os devidos recolhimentos de garantias trabalhistas (férias, FGTS e outros), constituindo situação degradante para profissionais que dependem de seus vencimentos para subsistência própria e familiar", declara a associação.
A associação faz críticas diretas à gestão de Alexandre Augusto Amaral Dias da Cruz. Segundo os servidores, sua atuação é "marcada pela incompetência na gestão do patrimônio público". Eles relembram o caso de fevereiro deste ano, quando cerca de 300 animais silvestres morreram na unidade do Rio, por falta de contratação de tratadores. Os animais ficaram sem alimentos e medicação, caso que foi alvo de inquérito da Polícia Federal.
Questionado sobre a decisão de exonerar o superintendente do órgão no Rio de Janeiro, o Ibama não se manifestou a respeito.
A presidente da Asibama-RJ, Rafaela Rinaldi, afirma que "os servidores têm se reunido para fomentar 'vaquinha' para prover alguma mínima dignidade aos colegas de maior vulnerabilidade econômica", simplesmente abandonados pelo órgão federal. "Não é possível que o desrespeito a esses profissionais de alto engajamento com o serviço e de grande relevância para o funcionamento da autarquia permaneça da forma como está, sem que haja qualquer iniciativa da presidência do Ibama para a devida cobertura salarial dos profissionais."
Na quinta-feira (19), Ibama declarou, por meio de nota, que a empresa terceirizada e responsável pelos pagamentos dos funcionários chegou a fazer o repasse de salários relativos ao mês de maio, mas, por ter dívidas relativas a encargos trabalhistas relativas a este mesmo mês, o Ibama não pode, por força de lei, pagar a empresa. "Pelo mesmo motivo, o Ibama também não pôde realizar o pagamento dos meses subsequentes", afirmou.
"Nesta quinta-feira (19) houve uma reunião entre a Superintendência do Ibama no Rio de Janeiro (Supes/RJ) com a empresa terceirizada, que se comprometeu a quitar os débitos trabalhistas até segunda-feira (23)", declarou o Ibama. No Rio de Janeiro trabalham 63 funcionários terceirizados. Ao todo, o Ibama tem hoje 1.367 empregados terceirizados, em todas as suas bases do País.
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