Bonnie e Clyde de Niterói: veja como agia o casal bandido que aterrorizava vítimas
Adriano Py da Silva Cordeiro e Verônica Soares Moreira da Silva eram parceiros no amor e no crime. Ele foi preso neste sábado, mas ela continua foragida. Uma vítima chegou a ser levada ao hospital após ser espancada por Adriano
Adriano e Verônica, o casal de criminosos alvo da delegacia de Jurujuba (Niterói) - Reprodução
Adriano e Verônica, o casal de criminosos alvo da delegacia de Jurujuba (Niterói)Reprodução
Rio - Após a prisão de Adriano Py da Silva Cordeiro na manhã deste sábado (21), a Polícia Civil está atrás da mulher dele, identificada como Verônica Soares Moreira da Silva. O casal é considerado o terror dos moradores da Região Oceânica de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ele é apontado pelos investigadores como autor de pelo menos 20 roubos em Niterói e outros no Rio, com uso de violência, alguns em parceria com Verônica.
Bonnie e Clyde de Niterói: Adriano Py da Silva Cordeiro preso por policiais em São Gonçalo
Informações divulgadas pela delegada Raíssa Celles, da 79ª DP (Jurujuba), revelam que o homem preso ontem é "covarde" e, mesmo ameaçando as vítimas com uso de arma de fogo, chegou a agredir violentamente uma delas. A vítima chegou a ser levada de ambulância para o Hospital Universitário Azevedo Lima, no mesmo município, na ocasião do crime.
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A operação que levou Adriano à prisão foi apelidada de "Bonnie e Clyde", em referência a Bonnie Elizabeth Parker e Clyde Chestnut Barrow. Era um casal de criminosos norte-americanos que viajava pela região central dos Estados Unidos, com sua gangue, durante a Grande Depressão, roubando e matando pessoas. Acredita-se que o grupo tenha matado pelo menos nove policiais e vários civis. O casal acabou sendo cercado e morto por policiais no estado da Louisiana em 23 de maio de 1934.
Adriano foi detido no bairro Monjolos, em São Gonçalo, alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal de Niterói. Contra ele, a acusação de roubo praticado mediante concurso de pessoas e emprego de arma de fogo, que gerou lesão corporal grave à vítima. O suspeito já havia sido preso em flagrante pela prática do crime de roubo e, segundo a delegada Raíssa Celles, possui três anotações policiais por crimes da mesma natureza.
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Bonnie e Clyde de Niterói: flagrante de roubo de carro atribuído a Adriano em abril de 2021; confira
As investigações apontaram que Adriano não agia sozinho e era auxiliado por Verônica, companheira dele. Ela também já foi presa antes, informou a polícia, e possui quatro anotações criminais, três delas pela prática do crime de roubo e uma pelo crime de receptação. A polícia acredita que Adriano já cometeu cerca de 20 roubos na cidade de Niterói e outros no Rio de Janeiro, alguns em parceria com Verônica, que ainda está foragida.
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"A gravidade dos delitos praticados pela dupla e a reincidência em sua prática, demonstra que o casal não se ressocializou após a prisão e que, se permanecerem em liberdade continuarão a delinquir. Policiais da 79ª DP pedem colaboração de todos para tornarmos Niterói uma cidade mais segura", afirma o relatório da prisão, divulgado pela delegacia responsável pela investigação.
Curtiam vida com praia e cerveja e se diziam devotos de São Jorge
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Fotos coletadas pelos investigadores mostram que o casal do crime curtia a vida normalmente, sem medo de serem encontrados. E, ainda por cima, se apresentavam como devotos de São Jorge. Com chapéu panamá, eles aparecem em um bar bebendo cerveja de garrafa e na frente de uma mesa com a imagem do santo guerreiro e uma placa onde se lê: "Salve Jorge". Em outra fotografia apresentada pelos policiais, a dupla dinâmica está sorridente em uma praia bebendo cerveja em copos descartáveis. Vídeo divulgado pela delegacia mostra que a casa onde Adriano foi preso, em São Gonçalo, tinha uma bela piscina.
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