"Me levaram a coisa mais preciosa desse mundo", lamentou o pai do jovemMarcos Porto/Agência O Dia
'Ele era tudo que eu tinha', diz pai de adolescente morto durante troca de tiros no Complexo do Salgueiro
João Vitor de Oliveira, de 17 anos, foi morto nesta sexta-feira atingido por disparos durante confronto entre PMs e traficantes
Rio - As lágrimas estampavam o rosto de Valmir Santiago, pai de João Vitor de Oliveira, 17 anos, durante velório do adolescente neste domingo, no Cemitério de São Gonçalo, na Região Metropolitana. O estudante foi baleado e morto após troca de tiros entre a PM e traficantes, na sexta-feira, no bairro Itaoca, no Complexo do Salgueiro. O corpo do adolescente foi sepultado às 13h.
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"Ele era tudo que eu tinha. A coisa mais preciosa nesse mundo. Me levaram a coisa mais preciosa desse mundo. Meu filho era maravilhoso. Era estudante, era cristão e caseiro. O que mais tem de coisa boa no mundo, era o meu filho", disse o pai, com a voz embargada, pouco antes do sepultamento.
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Segundo familiares, ele havia saído para pescar e, quando retornava para casa no fim da tarde de sexta-feira, foi surpreendido por uma troca de tiros entre policiais militares do 7º BPM (São Gonçalo) e traficantes da região. Além de João, um jovem, de 19 anos, também foi atingido, mas resistiu aos ferimentos e segue internado no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, em São Gonçalo, com quadro estável.
Valmir conta ainda que a mãe do adolescente está muito abalada e precisou fazer uso de medicamentos para comparecer ao sepultamento. "Perdeu uma peça importante na vida".
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De acordo com a Polícia Militar, os PMs faziam patrulhamento na região quando foram atacados por traficantes armados. Ao cessarem os disparos, os policiais teriam encontrado João e o outro jovem baleados. Os dois foram socorridos para o HEAT, mas o adolescente não sobreviveu.
As armas dos policiais civis, envolvidos na ação, serão periciadas pela Polícia Civil. A Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), investiga o caso. Testemunhos colhidos, segundo os investigadores, confirmam a versão dos PMs e disparos que atingiram jovens teriam vindo de traficantes.
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