William, namorado de Larissa, esteve no IML Reginaldo Pimenta
Primo de advogada morta em colisão de trânsito diz que namorado da vítima também deve ser responsabilizado
'Foi imprudência do namorado dela também, porque não se discute no trânsito', afirmou Wallace da Silva Oliveira
Rio - O primo de Larissa Duarte de Lima, de 23 anos, que morreu após uma discussão de trânsito, disse que o namorado da advogada também deve ser responsabilizado pelo o que aconteceu. Segundo o técnico de mecânica, Wallace da Silva Oliveira, que esteve no Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta quarta-feira, para liberar o corpo da jovem, a morte decorreu de uma "imprudência" de ambas as partes. Ele ainda contou que a jovem tinha o sonho de ser delegada.
"Foi imprudência do namorado dela também, porque não se discute no trânsito. A gente não sabe a pessoa que está do outro lado, não sabemos o que pode vir do ser humano. Muita imprudência do rapaz que estava no volante por causa de um retrovisor. Ele acabou com uma família. Uma menina que só estudava, era advogada, ia fazer prova para delegada. Ele simplesmente acabou com tudo. Dizem que ele ainda disse que atropelou e matou mesmo, é um covarde, um criminoso. Não foi um acidente, ele fez de caso pensado. Então, ele tem que responder, tem que ser preso. A pessoa que estava pilotando a moto (namorado da Larissa) também tem que responder, porque não se discute no trânsito", disse Wallace.
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"Não sei muita coisa sobre a discussão. Só sei que a vida de uma pessoa foi tirada por causa de um retrovisor. Em nenhum momento você vê um semblante de arrependimento nele, que ser humano é esse, que acaba com a vida do outro?", questionou.
A tia da advogada, Mônica Silva, estava inconsolável e disse que a sobrinha era uma menina do bem e estudiosa. "A minha sobrinha só vivia para estudar e vem esse covarde fazer isso. Era só um retrovisor, aí ele veio e passou por cima dela de maldade. Que país é esse? Ela era tão boa. Tirou uma vida por causa de um retrovisor", indignou-se Mônica, que precisou ser amparada no local.
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"Foi proposital, porque segundo o sargento da Polícia Militar e o bombeiro que estavam lá (no momento da colisão), quando eles foram falar com o agressor, ele disse que fez ‘de sacanagem mesmo’, que foi de propósito. Eu fico pensando como é que um cara faz uma coisa dessa de propósito?", questionou o namorado, com a voz embargada.
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A batida aconteceu na Rua Aricuri, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A advogada estava na carona de uma moto junto com William, quando, segundo o comerciante, o veículo colidiu acidentalmente no retrovisor de um carro. Em seguida, o namorado da vítima explicou que o motorista do veículo se aproximou dos dois querendo discutir, com xingamentos e tentando pressionar a moto para o canto de uma rua.
William disse ainda que depois da tentativa de pressioná-lo, o motorista do carro diminuiu a velocidade e foi para trás da moto. Foi quando Larissa, que estava verificando o GPS, orientou o namorado a virar a rua na esquina. Naquele momento, após ele ligar a seta, o motorista do carro teria surgido rapidamente por trás da moto batendo com forte impacto nos dois, de acordo com o que comentou o comerciante.
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"Eu liguei a seta para virar à direita e só senti uma pancada nas costas. Eu voando e tudo rodando. Depois, eu não sei o que aconteceu direito. Eu levantei rápido, não sei se fiquei desacordado por 2 ou 5 segundos, mas levantei desesperado. Olhei para a minha esposa e ela estava no chão agonizando e cuspindo sangue. Os transeuntes estavam ali perto e tentaram ajudar. Eu falei para colocarem ela de lado para não se engasgar com o próprio sangue… Não resolveu, o pessoal ligando para a ambulância e os bombeiros, eu também, nervoso. O bombeiro chegou prontamente, muito rápido, acho que em uns 5 minutos eles chegaram e me informaram que… informaram que a minha esposa não estava com vida", disse William, sob forte emoção.
O namorado da vítima disse ainda que os dois estavam com capacete e que a moto estaria com a documentação em dia. Ele afirmou que espera por justiça, mas se surpreendeu quando viu o motorista do carro chegando na delegacia rindo, enquanto era acompanhado de dois advogados.
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"O mais incrível é que tanto na cena do crime quanto no local do fato ele estava rindo. Ele estava rindo da desgraça que ele cometeu. E como é que pode a pessoa rir da morte do outro? Não satisfeito, depois que eu fui para a Delegacia de Homicídios, o cara chegou rindo com dois advogados, provavelmente caríssimos, dava para ver que não eram dois advogados quaisquer. A gente sabe como funciona o sistema judiciário no Brasil. Eu também sou formado em Direito e sei que, por mais que ele esteja respondendo por homicídio doloso, ele vai sair fácil", afirmou.
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