Motorista que provocou o acidente foi preso em flagranteReprodução/Redes Sociais

Rio - A Justiça do Rio converteu para preventiva a prisão em flagrante de Antônio Gabriel Farias nesta quinta-feira. O motorista foi preso após uma briga de trânsito que causou a morte da advogada Larissa Duarte de Lima, 23 anos, em Campo Grande, na Zona Oeste, na última terça-feira (24). De acordo com testemunhas, a jovem estava na garupa de uma motocicleta, que esbarrou acidentalmente no retrovisor do veículo de Antônio, que discutiu com o namorado da vítima e jogou o carro na direção do casal. Larissa bateu com a cabeça no chão e morreu no local, o namorado teve ferimentos leves.
Na decisão, o juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'ippolito ressaltou que "não foi aos autos, até o presente momento, qualquer comprovação de vínculo do preso com o distrito da culpa, tornando a prisão necessária para assegurar a aplicação da lei penal". "Por derradeiro, não há falar em prisão domiciliar, tendo em vista que se trata de crime que envolve violência e grave ameaça a pessoa; há risco concreto de reiteração delitiva, tal como indicado acima; e não há demonstração de que a sequela médica mencionada pela defesa não possa ser tratada no sistema Penitenciário".
No dia do crime, pessoas que passavam pelo local tentaram socorrer a mulher após a queda. O quartel de Campo Grande do Corpo de Bombeiros foi acionado para o local por volta das 11h40, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O caso foi encaminhado para a 35ª DP (Campo Grande) e seguiu para Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que fez uma perícia no local do crime e investiga se o crime foi provocado de forma proposital.
O namorado, William, afirmou que a batida, que provocou a morte de sua companheira, foi uma ação proposital por parte do motorista do carro. "Foi proposital, porque segundo o sargento da Polícia Militar e o bombeiro que estavam lá (no momento da colisão), quando eles foram falar com o agressor, ele disse que fez ‘de sacanagem mesmo’, que foi de propósito. Eu fico pensando como é que um cara faz uma coisa dessa de propósito?", questionou o namorado, com a voz embargada.
O namorado da vítima disse ainda que os dois estavam com capacete e que a moto estaria com a documentação em dia. Ele afirmou que espera por justiça, mas se surpreendeu quando viu o motorista do carro chegando na delegacia rindo, enquanto era acompanhado de dois advogados.