Policiais militares integram efetivo junto aos programas Bairro Seguro e Segurança PresenteReginaldo Pimenta/ Agência O Dia
No trecho de maior movimento, entre a Praia do Leme, na Zona Sul, e a Praia do Pontal, na Zona Oeste, 508 policiais militares atuam na areia, além do patrulhamento da área em 147 carros e 39 motocicletas. O efetivo se juntou aos policiais dos programas Segurança Presente e Bairro Seguro, já implantados na região.
Roberta Pereira, 38, disse que evita alguns pontos da Zonal Sul e que procura não se expor durante a noite."Quem conhece bem as praias da Zona Sul sabe os pontos mais perigosos e onde costuma ter assaltos e arrastões. Eu evito ficar sozinha e ando muito atenta, geralmente nem celular eu levo", conta a auxiliar administrativa, que tem o Arpoador como local preferido.
Reforço preventivo e ostensivo
Planejada com a área de segurança e ordenamento urbano da Prefeitura do Rio de Janeiro, a Operação Verão 2021 na área do Leme ao Pontal prevê o patrulhamento com cavalos do Regimento de Polícia Montada (RPMont) e cães do Batalhão de Ações com Cães (BAC). A expectativa é que esse reforço dê mais efetividade ao policiamento preventivo e ostensivo nas ruas internas dos bairros de Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca. Os policiais do Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) também estão em áreas específicas.
Toda a área é monitorada por helicópteros e drones do Grupamento Aeromóvel (GAM), cujas imagens são transmitidas em tempo real para o carro-comando da Corporação, que fica baseado no Arpoador. Também faz parte do planejamento o reforço no patrulhamento das vias expressas por policiais do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) e nos corredores estruturais que dão acesso à orla, com emprego das unidades operacionais da área.
Um ambulante que não quis se identificar disse não acreditar que o policiamento fique por muito tempo. "Tem assalto direto, todo dia e nunca tem PM. Esse monte de viatura que tem na orla hoje deveria ter todo dia, mas não deve ficar muito tempo. Logo, logo volta tudo ao normal".
Policiamento em pontos de ônibus
Nos terminais de ônibus o patrulhamento também foi reforçado. O motorista de ônibus que trafega pela Zona Sul conta que a violência no transporte público virou rotina. "Sempre que tem sol, tem confusão e assaltos. Pode ser fim de semana ou durante a semana. Eu fico torcendo para chover porque são os dias mais tranquilos. Nos pontos finais esses bandidos entram nos ônibus sem pagar passagem e vandalizam os veículos, jogam pedras e assaltam os passageiros. Infelizmente, isso virou nossa rotina. Todos os dias esses "tralhas" roubam celulares pela janela ou entram pela porta traseira quando um passageiro desce e levam os pertences de quem estiver no ônibus".
O motorista falou ainda sobre a necessidade de aumentar o policiamento."Eles não se inibem com policiamento, porque tem mais bandidos que PMs nas ruas. Os policiais fazem o que podem. Tem que reforçar a segurança para combater esses bandidos. Eu oriento os passageiros a não usar o celular no ônibus e a evitar certos pontos".
Além de reforço policial nos terminais de ônibus e no metrô, ônibus que trafegam em direção à orla estão sendo monitorados e poderão ser interceptados caso sejam constatadas ações que coloquem em risco a segurança no transporte público.
Uso de máscara ignorado
As constantes aglomerações nas praias da Zona Sul foram classificadas como perigosas diante do estágio que o Rio se encontra na pandemia da covid-19. Mesmo com o estado sendo considerado o epicentro da variante Delta no Brasil, muitas pessoas circulam sem máscara nas ruas.
Na orla do Arpoardor e Copacabana, na Zona Sul do Rio, algumas pessoas faziam caminhadas e corrida sem máscara. Outras passeavam sem qualquer preocupação com o uso do item, ainda de uso obrigatório. A equipe do DIA não flagrou nenhuma ação ou abordagem o sentido de conscientização quanto ao uso da máscara.
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