Empresas querem pagar demitidos em 20 vezes, exceto Brasília e Barreto, em 15 parcelasREPRODUÇÃO/INTERNET
Rodoviários de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí negociam reajuste nos salários
Empresas têm até esta semana para decidir sobre pedido de reajuste de 8% e aumento de 10% no valor da cesta básica. Última convenção coletiva da categoria aconteceu em 2019
Rio - Empresas de ônibus de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá têm até terça-feira (31) para decidir sobre a reinvidicação dos rodoviários locais, que reinvidicam reajuste salarial de 8% e aumento de 10% no valor da cesta básica. Segundo o sindicato da categoria, a última convenção coletiva ocorreu em novembro de 2019, há quase dois anos.
A proposta da categoria foi encaminhada pelo Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) para o Ministério Público do Trabalho (MPT), que faz a mediação junto às empresas. A proposta dos trabalhadores prevê o pagamento do percentual de reajuste em quatro parcelas (2% ao mês, totalizando 8%) para minimizar o impacto no caixa das companhias rodoviárias.
"Os valores da cesta básica flutuam a cada mês e, em dezembro do ano passado, ela estava em R$ 621,09, o que representava 68,25% do salário-mínimo. Ou seja, em dois anos, os rodoviários tiveram perdas enormes. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor-Amplo), que mede a inflação, por exemplo, acumulado de novembro de 2019 a junho deste ano, atingiu 9,95%. É um quadro devastador para os trabalhadores”, explica o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
"Houve um drástico corte nos custos das empresas, que, inclusive, demitiram rodoviários mesmo participando do BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda), que foi criado exatamente para impedir que os trabalhadores fossem postos na rua, pois o Governo Federal complementa um percentual considerável dos salários. Ou seja, não há justificativa para o trabalhador pagar uma conta que não é dele. Fizemos nosso papel, agora é a vez das empresas", avalia Rubens.
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