Luziane Gomes, prima, e Francisco Sampaio, tio-avô do ciclista Carlos Eduardo Gomes SampaioCleber Mendes/Agência O Dia

Rio - Parentes de adolescente, morto vítima de atropelamento no Méier, Zona Norte, estiveram no IML do Centro, no início da tarde desta quinta-feira, para reconhecer o corpo do ciclista. Luziane Gomes, prima, e Francisco Sampaio, tio-avô, contaram que Carlos Eduardo Gomes Sampaio, de 17 anos, estava trabalhando há pouco mais de um mês com entregas. Ele se dividia entre o serviço e os estudos. 
"Ele estava realizado com seu primeiro emprego. Menos de um mês que ele estava nesse local. É uma tragédia para nossa família. Sempre foi um menino muito educado, estudioso e querido por todos", disse a prima do jovem. 
De acordo com os parentes, o corpo de Carlos Eduardo será levado para o Ceará, no Nordeste, onde a maior parte da família do jovem reside. A mãe dele, que vive no Rio, também esteve no IML para participar do reconhecimento, mas estava muito abalada e não quis falar sobre a morte do filho.
Relatos de testemunhas que estavam na rua no momento do acidente, dão conta de que um ônibus da Linha 249 (Água Santa X Carioca) teria atingido o jovem na Av. Dias da Cruz, altura da Rua Hemengarda, por volta das 5h30. Os parentes que estiveram no IML, contudo, dizem que a versão passada pelo motorista é de que ele teria caído e batido de cabeça após se assustar com o ônibus. 
"Ele disse isso, mas não procede. Ouvimos de policiais que discordam dessa versão. Vamos cobrar isso depois que todos esses trâmites do enterro forem solucionados. Vamos pedir as imagens das câmeras. Ele não pode só ter caído", questionou Luziane. 
Ainda segundo ela, houve demora também na retirada do corpo do rapaz, que permaneceu no local até por volta das 11h da manhã, cerca de 6h após o incidente.