Após prisão de Glaidson, a ex-cliente pediu a devolução do dinheiro, mas ouviu de operadores da GAS que "a devolução do valor investido não seria possível, em função das disposições contratuais"Laís Vargas (RC24h)
Rio - A defesa do ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, conhecido como "Faraó dos Bitcoins", entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região. Os advogados tentam reverter a prisão decretada há uma semana pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF). O ex-garçom é suspeito de comandar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas que pode ter movimentado dezenas de bilhões de reais desde 2014.
Em audiência de custódia realizada na última sexta-feira, o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal, Vitor Barbosa Valpuesta, manteve a prisão preventiva de Glaidson. A defesa alegava que, por ter apresentado comprovação de que permaneceria no país, a prisão poderia preventiva poderia ser revertida. Em entrevista ao Globo, o advogado Thiago Minage, disse que a documentação comprovava que "não havia nenhuma intenção de fuga".
Glaidson está preso desde a semana passada. Ele é acusado de liderar, ao lado da mulher, um esquema de fraude ao sistema financeiro nacional utilizando-se de aplicações em criptomoedas. A venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa está foragida. Juntos, o ex-garçom e a mulher movimentaram cerca de R$ 38 bilhões em seis anos.
Celulares na cadeia
Nesta segunda-feira, após denúncias, a corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) apreendeu cinco celulares, quatro carregadores, um roteador e dois relógios na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, onde Glaidson está preso. O material estava em uma cela ao lado da onde cumpre a prisão preventiva o preso. A batida foi feita horas após o Disque-Denúncia receber uma informação que o detento estaria usando celulares de dentro da prisão.
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