Policiais militares prendem médico que realizava abortos em clínica clandestinaDivulgação/ PMERJ

Rio - Um médico, identificado como Bruno Gomes da Silva, de 87 anos, foi preso em flagrante enquanto em uma clínica clandestina de aborto no bairro de Vila Isabel, Zona Norte do Rio, por militares do 6º BPM (Tijuca), nesta sexta-feira. Os policiais localizaram a clínica de aborto após um informe repassado pelo Disque Denúncia. Bruno foi flagrado realizando atendimento clínico ginecológico e teve a sua carteira do Conselho Regional de Medicina (CRM) cassada.
O médico não está apto a exercer a atividade e possui 21 anotações criminais, sendo 16 por realizar abortos, além de tráfico de drogas, associação criminosa e crime contra a ordem tributária. Ele e um funcionário da clínica clandestina foram levados à 20ª DP (Vila Isabel).
Na última quinta-feira (2), uma outra clínica de aborto foi interditada na Freguesia, Zona Oeste, por policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) após denúncias.  O médico Antônio Cabedes Lopes, e sua esposa, Maristela Lopes da Silva, que atuava como "instrumentadora", foram presos no local. A dupla foi autuada em flagrante pelos crimes de aborto, crimes contra a saúde pública e relações de consumo, além de furto de energia elétrica. Antônio era procurado pela mesma atuação em Manaus, onde teria feito mais de 200 procedimentos.
A localização da clínica clandestina foi obtida após denúncias de que adolescentes estariam fazendo aborto em estabelecimento na Freguesia. Com a identificação do médico, a investigação chegou até o imóvel, localizado em um condomínio de classe média alta, no bairro da Zona Oeste. No local, os agentes constataram que uma mulher, de 36 anos, havia acabado de abortar.
De acordo com os delegado titular da Dcav, Adriano França, o médico já era procurado pelos mesmos crimes em Manaus. A dupla teria feito mais de 200 abortos no estado do Norte do país. Por aqui, a dupla cobrava, em média, R$ 5 mil por procedimento. O valor poderia variar para mais caso a gestação fosse de risco ou a depender da condição financeira das mulheres.
O Disque Denúncia recebe informações sobre exercício ilegal de medicina em sua central de atendimento (21.2253 1177) ou pelo aplicativo "Disque Denúncia RJ". Em ambos os canais o anonimato é garantido.