Fabrício Queiroz está nas ruas neste 7 de setembroReprodução/Redes Sociais

Rio - Fabrício Queiroz está nas ruas neste 7 de setembro. Amigo do presidente da República, Jair Bolsonaro, desde a década de 1980, quando se conheceram no Exército, o policial denunciado como operador do esquema das "rachadinhas" do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) compartilhou nas últimas horas diversas imagens das manifestações bolsonaristas. Em uma, aparece de camisa do Brasil ao lado do filho Felipe.

Além da foto no carro, que indica que estava a caminho do ato, o ex-assessor do filho do presidente já havia compartilhado um vídeo da invasão da noite de segunda-feira na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Na legenda, comemorou a ação: "Vap! Vap !!!"
Fabrício Queiroz está nas ruas neste 7 de setembro - Reprodução/Redes Sociais
Fabrício Queiroz está nas ruas neste 7 de setembroReprodução/Redes Sociais


Na manifestação em Copacabana, na Zona Sul do Rio, Queiroz posou para fotos ao lado do deputado bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ). O parlamentar foi alvo de uma ação da Polícia Federal, no último dia 20, junto com o ex-deputado e cantor sertanejo, Sérgio Reis. Ambos são investigados por incitar atos violentos e ameaçadores contra a democracia. Apesar de ter sido intimado, de Paula, que também é pastor, não compareceu à sede da PF para prestar depoimento.
Queiroz e Otoni de Paula. Deputado foi alvo de operação da PF por incitar movimentos contra a Democracia - Reprodução de TV/ Globonews
Queiroz e Otoni de Paula. Deputado foi alvo de operação da PF por incitar movimentos contra a DemocraciaReprodução de TV/ Globonews


Queiroz já havia comparecido a uma manifestação bolsonarista no dia 1º de maio. Antes de ganhar liberdade - via Superior Tribunal de Justiça (STJ) -, o amigo de Bolsonaro estava em prisão domiciliar, também após decisão daquela Corte o retirar da cadeia. Curiosamente, um dos principais motes dos atos desta terça é o ataque ao Judiciário.
Autorizada em junho de 2020 pela Justiça do Rio, a prisão preventiva foi solicitada pelo Ministério Público. Tinha como justificativa a suposta tentativa do ex-assessor de atrapalhar as investigações. Na denúncia do MP, que chegaria cinco meses depois, ele é acusado de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por supostamente operar os desvios de salários de assessores "fantasmas".

As publicações bolsonaristas têm sido recorrentes no Instagram do policial da reserva. Na semana passada, por exemplo, divulgou que uma amiga estava vendendo bonés com os dizeres "Bolsonaro 2022". E se colocou como intermediário das vendas: "Interessado fazer contato no privado."
*Com informações do Estadão Conteúdo