Cabos de telefonia e internet são furtados constantemente na Zona Norte do Rio,Cléber Mendes
Empresa de telefonia deixa recado para que criminosos não furtem cabos: 'Não tem cobre'
A mensagem tem a intenção de informar aos ladrões que o material não tem qualquer valor financeiro
Rio - Empresa de telefone, televisão e internet precisou deixar um aviso em suas fiações para que bandidos parem de furtar cabos fornecidos aos moradores do bairro Rocha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na mensagem, a operadora Claro resolveu escrever: 'Não tem cobre; sem valor. Cabo óptico'.
A frase tem a intenção de informar aos ladrões que o material não tem qualquer valor financeiro, já que os criminosos cortam os cabos para extrair o cobre.
De acordo com o morador da região, Sérgio Otávio, de 56 anos, os furtos são constantes. "Convivemos com esse tipo de furto há mais de quatro anos. O maior prejuízo é a Internet e TV a cabo. Somente a Oi Fibra funciona", disse ele que ainda afirmou já ter ficado sem conseguir conectar à internet por vários dias.
"Eu e meus vizinhos estamos cansados de ficar sem televisão e internet. Só melhorou depois que trocamos de operadora e usamos o cabo de fibra ótica. Esse pelo menos não tem valor para para os meliantes".
Além disso, ele informou que os ladrões também passaram a roubar fios dos sinais de trânsito, fazendo com que diversos semáforos parassem de funcionar. "A situação está bem difícil".
O DIA entrou em contato com a Conexis, empresa que representa as operadoras de telecomunicações, que disse que só no primeiro semestre de 2021, foram furtados ou roubados 2,3 milhões de metros de cabos e que essa quantidade seria suficiente para cobrir a distância entre as cidades do Rio de Janeiro e Buenos Aires, na Argentina.
Afirmou também que o volume foi 14,5% maior que o registrado no primeiro semestre de 2020, quando foram furtados 2 milhões de metros de cabos.
Por fim, disse que "O furto, roubo e também a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto para os consumidores, que ficam sem acesso a serviços que se mostraram essenciais durante a pandemia, e para as empresas, que precisam repor esses equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade pública como polícia, bombeiros e emergências médicas".
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